29 de setembro de 2005

Começou o berreiro

Começou o berreiro! Em defesa dos nossos interesses, pela melhoria da nossa situação financeira, da nossa qualidade de vida, do futuro dos nossos filhos, da requalificação da nossa cidade, da destruição da Avenida dos Aliados, da glorificação do "dream team", do aumento dos rendimentos dos arquitectos da moda, do esquecimento de Mário Soares sobre a obrigatoriedade de apresentar alguns documentos não sei onde. É bonito ver e ouvir os programas eleitorais da calúnia do adversário, da garantia de que só eu faço bem e que tudo o resto é mal feito.

Às 14 horas de ontem estava o palco montado para uma manifestação não sei de quem em frente ao governo civil do Porto, no Palácio dos Pestanas. Espectáculo era a ausência de manifestantes - ainda a conta com os rojões, decerto! -, o artístico das grades de ferro de protecção e o extenso elenco de polícias ordeiros, diligentes e bem mandados. Vi mais polícias ali, naquele momento em que até os mirones eram funcionários do governador, do que durante um mês inteiro nas ruas da baixa. Realmente a baixa não vale uma merda, a Avenida dos Aliados não é destinada à agricultura porque esta não está a dar, mas ainda acaba num mamarracho arquitectónico igual ao palácio dos correios, metade vendido à Câmara, metade cedido a turbas de ratos e outros roedores. Deus dê vida a Siza e a Moura e vocês vão ver! A única coisa que realmente importa proteger na baixa, a avaliar pelo contingente de polícia, é o senhor governador ou senhora governadora civil. Que eu, por obtusa ignorância, nunca soube para que é que servia, a não ser para ter automóvel e motorista de serviço!

22 de setembro de 2005

Notícia

Felgueiras - A ilustríssima Doutora Fátima Felgueiras, há dois anos foragida no Brasil - onde aproveitou para frequentar as elegantes praias e esplanadas do Rio de Janeiro, bronzeando a pele suave e refrescando-se do calor tropical - regressou ontem, em indescritível apoteose, ao país troglodita de onde acintosamente se diz que fugiu a salto e que a queria ver presa.

Tinha a esperá-la no velho e antiquado aeroporto da Portela um pelotão armado da Polícia de Segurança Pública, especialmente destacado para o local por empenho pessoal de sua excelência o senhor Ministro de Estado, da Administração Interna e dos Fogos Florestais, que teve a honra de lhe apresentar cumprimentos ainda a bordo do aeroplano em que viajou, aproveitando para a algemar e a transportar à esquadra mais próxima.

Na esquadra, onde foi recebida com honras militares e beijada por centenas de criancinhas envergando bata branca e entoando cânticos alusivos, foi-lhe cometida a custódia do famigerado saco azul, entregue a documentação de um automóvel já fora de moda e solicitado que periodicamente aparecesse para um cafezinho e dois dedos de conversa.

A finalizar, já fora da esquadra, a excelsa senhora revelou ter Felgueiras no nome e no coração. E que só tendo no coração quem precisa dela - não especificou sua excelência em que sentido se pronunciava! - se candidatava à Câmara Municipal que, obviamente, precisa dela. Um energúmeno anónimo gritou do fundo da sala: "também eu, também eu" e escapuliu-se, correndo para o pinhal do concelho. Perseguido por diligentes policiais conseguiu, mesmo assim, escapar-se por entre as moitas.

O Outono chega hoje mas as romarias continuam. Como se fosse Verão. Tudo devido a tão dedicada e devota senhora. O guarda Abel a tenha sob sua protecção.

9 de setembro de 2005

Reflexão

Contra minha vontade e depois de muito porfiar nesse sentido, fui convidado para me candidatar a presidente da associação dos antigos alunos da escola primária do fundo do vale. A escola foi encerrada há vinte anos, vendida a particulares, por três vezes, para residência ocasional de férias e consumida pelas labaredas dos incêndios dos três últimos anos. Mesmo apesar das rigorosas medidas de prevenção dos diversos governos em funções, das imegans difundidas pelas televisões, dos baldes de água despejados pelos helicópteros e das inflamadas intervenções dos ministros da administração interna, incluindo os do engenheiro Ângelo Correia.

Todo o mobiliário, roído pelo bicho da madeira, foi inexoravelmente consumido pelo fogo. O quadro preto partiu-se. O que restava da caixa de giz desapareceu. A liga dos amigos da escola ficou reduzida ao seu tesoureiro, sem dinheiro e sem instalações sanitárias que possa utilizar para as suas (dele) necessidades. Tenho sido pressionado por ele e pela alma de todos os restantes, cujos restos mortais repousam no velho cemitério, milagrosamente poupado às sucessivas tragédias.

Embora decidido, estou muito indeciso sobre como e quando anunciar essa decisão. De forma que entro em período de reflexão para consultar a família, mesmo a afastada, os amigos, o outro colega de escola ainda sobrevivo e os animais de estimação. Mesmo assim, e considerando que tenho a decisão tomada e levo os trabalhos de casa feitos, anunciarei a decisão no próximo dia 20, algures entre as zero e as vinte e quatro horas, no recreio da escola ou no que resta do pinhal fronteiro. Assim que estiver presente a querida televisão de serviço público, depois do operador de imagem ter galgado, a corta-mato, monte acima. Até lá, apoiem-me!

8 de setembro de 2005

Espermatozóides perfeitos

Tenho dois filhos, facto que, nos dias que correm, é quase uma aventura irresponsável. Mal ou bem, vieram sem culpa que se lhes possa atribuir, nem sequer foi o preservativo a romper-se, são filhos legítimos, não foi preciso mover-me nenhum processo de paternidade para os reconhecer. São fruto de um casamento celebrado na conservatória do registo civil, muito festejado à saída com quilos e quilos de arroz carolino, confirmado posteriormente na igreja românica de Cedofeita, depois de três requerimentos ao abade, duas exposições ao bispo D. Armindo e um memorando de sete páginas ao cardeal patriarca que as não leu nem deu a ler ao mais humilde sacerdote do Campo de Santana.

Mas os cabrões dos filhos têm-me queimado a paciência, os neurónios e uma fortuna que o patrão sustenta que é um desperdício inútil. Como estudantes, são perfeitamente normais. No português dão despreocupadamente três erros de ortografia em cada duas palavras, falam um filho da puta de um dialecto que ninguém entende, sabem a marca do chapéu que o Bono levou enfiado nos cornos quando acedeu visitar o presidente Sampaio e conhecem tudo sobre telemóveis, SMS e fertilização in vitro, como a Clara Pinto Correia. Na matemática são mais normais ainda: não houve um ano em que tivessem obtido aprovação e nunca tiveram mais do que oito. Quer dizer, fixam-se pelo meio da tabela como o Gil Vicente, o que sempre é melhor do que ficar no fim como aquele árbitro que não atendeu a chamada telefónica do presidente da liga e acabou despromovido para os distritais. Este ano nem o Salgueiros apita!

Desisti de os castigar, de lhes cortar a mesada, de os proibir de sair à noite e de lhes chamar filhos da puta com todas as letras. A mãe, que é minha mulher, não achou grande piada à qualificação, disse-me que disso ela é que sabia e que convinha recordar-me que nunca chamara pelo corno para o jantar. Supus que fossem assim burros de nascença, como há tantos neste país, com gravatas de seda ao pescoço e fatos com a etiqueta Rosa e Teixeira. Vi pelas pautas que havia muitos nas mesmas circunstâncias, com nomes sonantes e títulos de nobreza e cheguei a pensar que, por isso, tivessem até sangue azul. Desiludiram-me os mais esclarecidos colegas de trabalho: que não, que sangue azul quem tem é D. Duarte Pio de Bragança e a sua descendência e que, mesmo esse, tem de usar óculos de cor para o ver.

Quis crer que fosse uma questão de hereditariedade, como na política. Filho de mãe burra nunca deu cavalo lusitano. Quando muito dá uma égua de merda ou um macho que, com frequência, de macho não tem mais do que o nome. Aí passei a atribuir as culpas à mãe que ainda hoje pensa que quem descobriu o Brasil foi o Artur Albarran, que quem escreveu os Lusíadas foi o polícia Moita Flores e que quem tem a seu cargo a dita requalificação da Avenida dos Aliados são os donos da Zara, do Cortefiel e o Calvin Klein.

Ontem, finalmente, o governo devolveu-me a tranquilidade e restaurou-me a puta da auto-estima. Num acto até politicamente simples e muito mais barato do que ir de férias para o Quénia ver macacos quando há por aí tantos à solta, para não falar no jardim zoológico onde tem que se pagar bilhete. Fê-lo dizendo que o ensino de matemática que se ministra no país é uma merda e que, em consequência, os professores que assim são formados são professores de merda. Como resultado o país não poderia aspirar a mais do que à merda de alunos que tem. E assim sendo vai ser dada formação adicional para que os professores deixem de ser de merda e os alunos, daqui a alguns anos, deixem de ter a merda de aproveitamento que têm.

Esta noite dormi como um justo, ressonei livremente até acordar, sonhei com a Nicole Kidman - eu, que tenho um metro e cinquenta e seis! -, peidei-me tantas vezes como as que Isaltino Morais afirmou ser um homem honesto, o que não deixou dormir os vizinhos de baixo. Foda-se! Afinal os espermatozóides não eram coxos nem atrasados mentais. Eram normalíssimos da silva. Estavam era a ser ensinados por professores incompetentes, gerados por um sistema incompetente e agora vão ser competentemente reciclados.

E o recrutamento dos formadores? Onde e como é que vai ser feito?

7 de setembro de 2005

Avelino: celebridade exemplar

O português é pobre, invejoso e canhestro. Já por mais que uma vez ouvi o ainda soba de Gondomar enaltecer as suas próprias capacidades como gestor polivalente de sucesso. Das batatas aos têxteis, dos clubes de futebol às autarquias, das ligas de futebol às dívidas ao fisco. Apenas Avelino está à sua altura e o mal que dele se diz é pura inveja, despeito de alcoólicos, desculpa de imbecis, contrição de quem não vai à missa e não ousa meter-se ao caminho em peregrinação a Fátima.

Com as ligações apenas disponíveis para pagantes, que José Manuel Fernandes não trabalha à borla e a televisão mal lhe dá para o marisco, o boletim oficial insere hoje algumas descabeladas ofensas a S. Avelino, entre elas esta:

Um cheque de 73 mil euros, datado de 5 de Novembro de 2002 e passado pela Câmara de Marco de Canavezes a um empreiteiro, entrou nas contas particulares de Maria Assunção, chefe de gabinete de Avelino Ferreira Torres. A situação já tinha sido denunciada por Gil Mendes, na mesma queixa que enviara à PGR e que está na origem da investigação na IGAT, tendo o autarca de Ariz juntado fotocópia do mesmo cheque. O que está em causa é a possibilidade de aquele e outros pagamentos da câmara a empreiteiros, na sequência de alegados créditos, poderem ter entrado nas contas particulares de pessoas próximas de Ferreira Torres. Ao longo da investigação, a PJ deparou-se com a falta de colaboração dos construtores civis, que assumem terem entregue os cheques da câmara à chefe de gabinete de Ferreira Torres, mas depois garantem que o fizeram porque o autarca lhes havia emprestado dinheiro. A PJ constituiu arguida Maria Assunção.

Não é preciso ter sido colega de Francisco Moita Flores nem na PJ, nem na escola, para sublinhar o conjunto de enormidades espelhado em tão curto e tão pobre texto. Nem tão pouco ter feito parte do conjunto de actores que desempenhou os personagens de A Ferreirinha que a querida televisão de serviço público já estreou para aí meia dúzia de vezes. Marco de Canavezes é famoso pelo vinho verde, por ser terra de Cármen Miranda e por ser ainda santuário dirigido superiormente por Avelino, a perfeita antítese de Gungunhana, na corpulência, na cor da pele, na suavidade dos processos e no arrazoado da ladainha.

Nunca lhe passaria pela cabeça ou pela biqueira do sapato apropriar-se de alguma coisa que lhe pertencesse. Quando invadiu o estádio, muito sensatamente baptizado com o seu nome, deu pontapés a coisas alheias mas que comprara com o seu dinheiro e que ofertara gratuitamente. Quando entrou no terreno de jogo fê-lo para proteger o árbitro da sua própria fúria, conduzindo-o pelo ombro ao balneário enquanto lhe segredava filhas da putice que o Senhor há-de desculpar-lhe porque o sabe um homem bom.

Tão bom como decorre da notícia inserta no boletim oficial. Não se limitava, pelos vistos, a ordenar que a câmara passasse cheques a empreiteiros para que, certamente com atraso, pudessem pagar-lhe os dinheiros que anteriormente lhes emprestara para o cimento, os copos e as putas. Ainda permitia que a sua chefe de gabinete os depositasse nas suas contas. A PJ constituiu-a arguida. Fez bem! Para que a tradição se mantenha é preciso que seja o mexilhão que se foda. E mesmo desempenhando um lugar dito de confiança política, está de ver que a chefe de gabinete anda pela idade da menopausa: não parece substituir Viagra nenhum!

6 de setembro de 2005

Só faltam 149.700!

Um país ridículo, como Portugal, só pode produzir fenómenos ridículos como o Entroncamento. E os acontecimentos, bem como os corsos e as celebrações, não serão nem autênticos, nem credíveis, se não carregarem esse inconfundível ADN da ridicularia.

O telejornal da querida televisão de serviço público acaba de noticiar que um grupo internacional vai criar no país nada mais, nada menos que trezentos postos de trabalho. A cerimónia, naturalmente solene, teve a presença sorridente do primeiro-ministro do Entroncamento que garantiu que aqueles postos de trabalho serão prioritariamente preenchidos a partir das inscrições nos centros de emprego e que, mais do que isso, não serão 300 empregos quaisquer. Serão particularmente exigentes em termos de qualificações, formação e desempenho. Tanto que se calhar não haverá portugueses habilitados a preenchê-los, a menos que sejam portadores do cartão de sócio de um qualquer agrupamento que o mesmo primeiro-ministro subscreva na condição de presidente.

Uns meses atrás, se bem se recordam, o engenheiro Sócrates ameaçava criar 150.000 novos empregos em quatro anos. Está cumprido o primeiro segmento da promessa: conseguiu ver criados 300 em cerca de 4 meses. A este ritmo, se a aritmética não for uma batata, o objectivo do governo Sócrates será atingido dentro dos próximos 2.000 meses, um pouco mais de 166 anos e daqui a apenas 41 mandatos. De forma que fica o engenheiro Sócrates proibido de renunciar aos mandatos, fugir em consequência de desaires eleitorais - mesmo que seja a derrota de Valentim Loureiro em Gondomar e na Liga de futebol! -, frequentar mestrados e doutoramentos ou candidatar-se a deputado europeu como o Tozé. O Zé povinho deve ser autorizado a emigrar para países do terceiro mundo e até mesmo para a Madeira!

2 de setembro de 2005

O futuro do ambiente

Os portugueses, que não escrevem e que falam mal a sua própria língua, têm do vocábulo projecto um conceito estranho e uma noção esquisita. Não sendo melhores a matemática do que a língua portuguesa, têm também da tabuada uma degradada reminiscência e do cálculo de percentagens conhecimento idêntico ao que tinha o engenheiro Guterres que, para vergonha de qualquer sistema de ensino, é licenciado com a suficiente média de dezanove valores.

Ainda agora se viu quando o governo liderado pelo engenheiro civil Sócrates - sem que a biografia oficial indique por onde se licenciou e com que nota - anunciou como projectos nacionais de grande prioridade o aeroporto da Ota e o TGV. Falou-se deles, telefonou-se a alguns construtores civis, vulgo promotores imobiliários, ao presidente do Benfica, alinharam-se umas largas centenas de milhões, convocou-se a comunicação social e andou-se para diante. Com a "cacha" garantida a popularidade do ministro do cimento subiu em flecha e os velhos de mais de oitenta anos continuaram a alinhar-se de madrugada às portas dos centros de saúde na expectativa de uma consulta. Enquanto os mais saudáveis ficavam na cama até mais tarde, aguardavam pelo pequeno almoço e se candidatavam a presidentes de qualquer coisa.

O Porto, seja ou não provinciano, localize-se ou não a norte do rio Douro, domine ou não as questões do apito, é parte integrante do país, porra. E tanto assim quer ser considerado que se esmera quando fala de projectos. Não se preocupa com estudos prévios, nem com custos, tão pouco com a eventual utilidade deles. Anuncia-se, faz-se, abandona-se e espera-se pacientemente que tudo seja esquecido. Quando se não quer propriamente que as coisas se esqueçam faz-se como Rui Rio fez com o túnel de Ceuta: amontoou dois montes de terra à porta principal do Museu Nacional de Soares dos Reis e plantou um painel gigante na Praça Filipa de Lencastre a dizer que aquela merda não funcionava por mesquinha má vontade da ministra que mandara embargar a obra. Sendo a ministra do Porto e tendo feito uma cagada daquelas, o povoléu revolta-se, diz asneiras - coisa de que já tem velha fama e largo proveito -, insulta-lhe os familiares e conclui naturalmente que se terá vendido aos mouros a troco do lugar, do automóvel com motorista, da verba para representação e do convite para a final da taça de Portugal. Só pode!

Francisco Assis é o candidato do PS à Câmara do Porto e parte da população que nunca passa de Contumil até chega a pensar que ele é S. Francisco de Assis. Desaponta-se quando lhe vê a fotografia escarrapachada nos painéis dispersos pela cidade e verifica que lhe faltam as barbas e o hábito e lhe imagina, necessariamente, os pés de barro. Sem que tivesse havido mão de Rosa Ramalho ou descendência a moldar-lhe fosse o que fosse.

Mas Francisco Assis também tem projectos para a cidade, venha ou não a ser eleito. Alguns sobre o ambiente, sendo que não incluem de forma explicita a aposentação do vereador Gaspar por força do limite de idade e do avanço irreversível da arteriosclerose. E propõe nada mais, nada menos do que:

1 parque urbano por ano
2 km de margem do Douro recuperados
3 novos jardins no centro da cidade
4 km de ciclovia.

Não sendo demagogia, porque os políticos são seres inteligentes e responsáveis, isto é profético. Francisco Assis fará campanha na Cova da Iria e Nossa Senhora de Fátima o ajude, se ainda tiver disponibilidades de agenda para o atender. E se ele fizer mais um jardim no centro da cidade e construir mais um Km de ciclovia na Rua das Taipas, voto nele!

1 de setembro de 2005

Velhice

É nossa obrigação proteger na velhice as gerações que nos antecederam. Mesmo que nos tenham legado a selva africana em que vivemos e ajudado a construir, com denodo, esta choldra em que chafurdamos e onde são lançados os dejectos de todas as suiniculturas e latrinas do país.

Apesar disso auxiliemos a cabeça azamboada de Mário Soares a levá-lo para uma velhice decente e digna. Façamos com que tenha bom senso, algo que frequentemente não teve na vida. Especialmente quando traiu e fez em carne picada amigos e irmãos de peregrinação, não olhando a meios para atingir os fins pessoais a que se propunha. Ajudemo-lo a que não cometa erros grosseiros. Digamos como ele disse, agora que de novo a cabeça lhe roda como um cata-vento sujeito às forças destruidoras do furacão, sem que se vislumbre com que patrióticas intenções.

Basta! Nem política partidária, nem exercício de cargos políticos. Basta!

NÃO BASTOU!