Guilhermina Suggia: a morte há 54 anos
A 30 de Julho de 1950, na sua casa da Rua da Alegria, na cidade do Porto, morreu Guilhermina Suggia. Depois de uma intervenção cirúrgica, em Londres, tinha regressado ao Porto, para morrer, duas semanas antes. O seu funeral saiu de sua casa, a 1 de Agosto, para o cemitério de Agramonte, depois da missa de corpo presente na Igreja da Lapa. Tinha 65 anos e nascera no Porto embora o seu prestígio artístico tivesse sido adquirido essencialmente nos salões londrinos.
Não quero deixar em claro o trabalho exemplar e a devoção que a Guilhermina Suggia têm devotado Vírgilio Marques e Catarina Campos. Tanto mais que, diariamente, passo em frente ao número 665 da Rua da Alegria pelo menos duas vezes. Para verificar que a casa alberga, nesta altura e nas traseiras, uma oficina de motociclos. Depois de ter sido pouso de uma central sindical, paraíso para ratos e esperança especulativa de qualquer construtor civil. Curiosamente vem sendo sujeita, de há uma ou duas semanas para cá, a uma maquilhagem apressada, sem cuidados, com o efeito imediato de um disfarce nada conseguido. Discos de esmeril fizeram por branquer-lhe o granito da frontaria, borraram-lhe as paredes com um rosa-pantera e aplicaram-lhe nas caixilharias de madeira uma qualquer coisa que pudesse assemelhar-se a verniz.
Nada de resto e para além disso pessoalmente me espanta. A vida e o tempo, infelizmente, habituaram-me a descrer das instituições e das pessoas que ciclicamente as dirigem. O Porto e a sua Câmara Municipal ignoram Suggia, como ignoram tantas coisas e tanta gente que não merecem o esquecimento. Deu-se-lhe o nome a uma rua que, por ironia, não fica a mais de 500 metros da casa que foi sua, onde viveu e onde morreu. E de cuja curta descrição toponímica, para o muito pouco que sei, constam algumas evitáveis incorrecções.
Não quero deixar em claro o trabalho exemplar e a devoção que a Guilhermina Suggia têm devotado Vírgilio Marques e Catarina Campos. Tanto mais que, diariamente, passo em frente ao número 665 da Rua da Alegria pelo menos duas vezes. Para verificar que a casa alberga, nesta altura e nas traseiras, uma oficina de motociclos. Depois de ter sido pouso de uma central sindical, paraíso para ratos e esperança especulativa de qualquer construtor civil. Curiosamente vem sendo sujeita, de há uma ou duas semanas para cá, a uma maquilhagem apressada, sem cuidados, com o efeito imediato de um disfarce nada conseguido. Discos de esmeril fizeram por branquer-lhe o granito da frontaria, borraram-lhe as paredes com um rosa-pantera e aplicaram-lhe nas caixilharias de madeira uma qualquer coisa que pudesse assemelhar-se a verniz.
Nada de resto e para além disso pessoalmente me espanta. A vida e o tempo, infelizmente, habituaram-me a descrer das instituições e das pessoas que ciclicamente as dirigem. O Porto e a sua Câmara Municipal ignoram Suggia, como ignoram tantas coisas e tanta gente que não merecem o esquecimento. Deu-se-lhe o nome a uma rua que, por ironia, não fica a mais de 500 metros da casa que foi sua, onde viveu e onde morreu. E de cuja curta descrição toponímica, para o muito pouco que sei, constam algumas evitáveis incorrecções.
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