Se assim aconteceu, assim está certo
Se assim aconteceu, assim está certo! Nem se compreendia que o sítio continuasse a insistir na megalomania de fingir eleições, nomear primeiro-ministro e exaurir recursos em mordomias e automóveis de luxo à prova de bala. De verdade qualquer presidente de junta, artilado, com o antiquado hábito de rapar a barba todas as manhãs e passar um aftershave perfumado, usar camisa lavada com a fralda metida dentro das calças, ambas de marca mesmo que compradas na feira de Carcavelos, facilmente poderia suportar o fardo. E, à transumante maneira da província, aqui chamada de "país profundo", continuar a acumular com o sucesso da gestão da serração que aproveita para tábuas os pinheiros lambidos pelos fogos ávidos de Verão ou da cerâmica que vai transformando em tijolo-burro terrenos que ontem eram de cultivo onde medrava o milho de regadio para alimentar moínhos de água.
Assim fica melhor e o sítio não terá mais que adaptar-se a alguns diferentes hábitos e familiarizar-se com diferentes pronúncias e periféricos neologismos urbanos. Ganha a pátria e a D. Margarida Rebelo Pinto, com lugar certo na academia e no olimpo. Contra a burocracia das locomotivas da CP, à velocidade a que atravessavam o Douro suspensas na ponte de D. Maria, o sítio passará a despachar mais e mais frequentemente. Despachará de tudo, desde sumo de laranja com vodka, a cerveja sem álcool, vinho verde, mistelas diversas reinventadas em shots e até Martin's de 20 aninhos como a primeira dama de honor da miss universo. Despachará informalmente, perto do bebedor, nas docas, levando o serão, em directas de trabalho, a unir-se à alvorada do dia seguinte. Há-de descobrir-se quem, pela zona de Santos, sirva o chocolate quente que anuncia a madrugada e os croissants a fumegar ainda o calor trazido do forno.
Bonacheirão há-de aparecer pela matina, madrugador, o vigilante olhando a densa neblina sobre o rio e o comportamento do noctívago despacho, do alto do seu varandim de previlégio, com vista para o descanso justo e para o conforto da pensão de reforma próxima. Talvez que com o dissipar da bruma lhe apareça, subindo para o Cais das Colunas, esse de há tanto desaparecido D. Sebastião, por alcunha O Desejado!
Assim fica melhor e o sítio não terá mais que adaptar-se a alguns diferentes hábitos e familiarizar-se com diferentes pronúncias e periféricos neologismos urbanos. Ganha a pátria e a D. Margarida Rebelo Pinto, com lugar certo na academia e no olimpo. Contra a burocracia das locomotivas da CP, à velocidade a que atravessavam o Douro suspensas na ponte de D. Maria, o sítio passará a despachar mais e mais frequentemente. Despachará de tudo, desde sumo de laranja com vodka, a cerveja sem álcool, vinho verde, mistelas diversas reinventadas em shots e até Martin's de 20 aninhos como a primeira dama de honor da miss universo. Despachará informalmente, perto do bebedor, nas docas, levando o serão, em directas de trabalho, a unir-se à alvorada do dia seguinte. Há-de descobrir-se quem, pela zona de Santos, sirva o chocolate quente que anuncia a madrugada e os croissants a fumegar ainda o calor trazido do forno.
Bonacheirão há-de aparecer pela matina, madrugador, o vigilante olhando a densa neblina sobre o rio e o comportamento do noctívago despacho, do alto do seu varandim de previlégio, com vista para o descanso justo e para o conforto da pensão de reforma próxima. Talvez que com o dissipar da bruma lhe apareça, subindo para o Cais das Colunas, esse de há tanto desaparecido D. Sebastião, por alcunha O Desejado!
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