Política e futebol: a mesma promiscuidade de sempre
Em Fevereiro de 1999 foi celebrado o muito contestado, injusto e perfeitamente escandaloso acordo entre o Estado e os clubes de futebol para que estes regularizassem dívidas computadas em 58 milhões de euros, o equivalente a pouco menos de doze milhões de contos. Hoje, passados quase cinco anos, o jornal Público vem revelar que apenas oito milhões, o equivalente a cerca de um milhão e meio de contos, foram entretanto pagos.
Que se saiba o acordo não foi denunciado pelo Estado que, pelos vistos, também nada fez para cobrar valores que lhe são devidos e que os devedores reconheceram publicamente. Em vez disso a classe política continuou a ocupar os camarotes dos estádios, sem pagar bilhete, a ir a finais internacionais e, por vezes, a entrar em polémicas com a gente da bola. Mais do que isso! O Estado contribuiu significativamente para a construção de dez estádios para o Euro 2004, directamente, por via de institutos públicos - uma invenção para facilitar a irregularidade - ou por intermádio das autarquias que, como se sabe, são entidades privadas.
Que eu tenha conhecimento ninguém contestou o valor das dívidas ou a veracidade da revelação do Público. E o presidente da Câmara de Gondomar e da Liga de Clubes, com um pé em cada uma das tábuas, a ver se não cai à água, veio pronunciar-se sobre o assunto para assacar responsabilidades ao Governo e à Santa Casa da Misericórdia que, em sua opinião, também falharam. Não evitou o disparate, ou então julga-se um homem com muita graça, acabando por acrescentar que os clubes agiram de boa fé e que devem ser vistos como bons pagadores que de facto são. De resto todos os clubes estão inscritos nas provas oficiais depois de terem apresentado certificados confirmando terem regularizadas as respectivas situações fiscais. Certificados? Emitidos por quem e quando? Com tão bons pagadores como estes é questão de darmos tempo ao tempo: acabaremos atrás de toda a gente. Não é só atrás da Grécia!
De facto às vezes é muito melhor o comportamento do Dr Madail: sempre que se tenta contactá-lo nunca se encontra!
Que se saiba o acordo não foi denunciado pelo Estado que, pelos vistos, também nada fez para cobrar valores que lhe são devidos e que os devedores reconheceram publicamente. Em vez disso a classe política continuou a ocupar os camarotes dos estádios, sem pagar bilhete, a ir a finais internacionais e, por vezes, a entrar em polémicas com a gente da bola. Mais do que isso! O Estado contribuiu significativamente para a construção de dez estádios para o Euro 2004, directamente, por via de institutos públicos - uma invenção para facilitar a irregularidade - ou por intermádio das autarquias que, como se sabe, são entidades privadas.
Que eu tenha conhecimento ninguém contestou o valor das dívidas ou a veracidade da revelação do Público. E o presidente da Câmara de Gondomar e da Liga de Clubes, com um pé em cada uma das tábuas, a ver se não cai à água, veio pronunciar-se sobre o assunto para assacar responsabilidades ao Governo e à Santa Casa da Misericórdia que, em sua opinião, também falharam. Não evitou o disparate, ou então julga-se um homem com muita graça, acabando por acrescentar que os clubes agiram de boa fé e que devem ser vistos como bons pagadores que de facto são. De resto todos os clubes estão inscritos nas provas oficiais depois de terem apresentado certificados confirmando terem regularizadas as respectivas situações fiscais. Certificados? Emitidos por quem e quando? Com tão bons pagadores como estes é questão de darmos tempo ao tempo: acabaremos atrás de toda a gente. Não é só atrás da Grécia!
De facto às vezes é muito melhor o comportamento do Dr Madail: sempre que se tenta contactá-lo nunca se encontra!
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