16 de dezembro de 2003

O Dr Pacheco Pereira, o Abrupto e os 39.000 pés

Hoje, à semelhança daquilo que muitas vezes faz o muito ocupado Dr Pacheco Pereira, resolvemos também fazer um "post" à custa do seu Abrupto. Transcrevendo, com a devida vénia, dois dos "posts" ali publicados.

O primeiro, sobre a prisão de Saddam Hussein:

se se confirmar, é um acontecimento importante. A chamada "resistência", nome viciado e programático, é , como com maior rigor a imprensa de referência internacional a descreve, um movimento para-militar ligado às estruturas do partido de Saddam , o Baath. Sendo assim, a queda de estruturas de comando político-militar, que estão por trás dos ataques, é relevante para o seu desmantelamento. Podem continuar os atentados, podem até aumentar de intensidade, mas o problema continua a ser essencialmente militar e deve ser tratado como tal.

O segundo, sobre a sua condição de judeu errante:

Estou de novo de judeu errante. Voo de uma terra para outra, de outra para outra, porque devo, nalgum passado distante, ter recusado água, abrigo, palavras a alguém. A única geologia que conheço é a das nuvens, estrato a estrato, paz e turbulência, uma a seguir à outra. Do alto, nenhuma caneta toca a terra, nem sequer a frágil e imortal sequência de bits, de sins e nãos electrónicos - "eléctricos", diria McLuhan, com razão - desce os 39000 pés para tocar o chão. Silêncio, pois, na terra, branco absoluto nas páginas brilhantes do ecrã. Até breve, pássaros.

A conclusão, que extraímos nós:

Só podia! Cavaleiro andante de para lá dos 39.000 pés - onde já nem cirros moram que até o ar é vazio! - o Dr Pacheco anda literalmente nas nuvens. Por isso seria importante que pusesse pé em terra.


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