A ministra da justiça é inimputável?
No parlamento português, onde nada se passa, verificou-se hoje um desaforo que ameaça virar tragédia. Cumprindo a sua agenda mensal foi o primeiro ministro visitar aquele asilo de reformados, a encorajá-los por causa da carestia de vida e a prometer-lhes o céu assim que a chuva cesse e as nuvens cinzentas se dissipem.
Discursos atabalhoados e inúteis a que, invariavelmente, o árbitro que preside à mesa foi pondo termo dizendo: "o seu tempo acabou, faz favor de terminar senhor deputado". Foi havendo de tudo, desde aplausos de pé, a pateadas e a urros de agravo às mulheres e às mães dos oradores.
A maioria que apoia o governo não precisou sequer de ver dúvidas esclarecidas e não contestou nada. É fervorosamente crente e temente a Deus e entende, como lhe ensinou o catecismo, que Deus não se discute. Acredita-se!
O Dr Ferro, mesmo assim e parece que pela primeira vez, pôs algumas dificuldades ao primeiro ministro, que vacilou. Mas o Dr Ferro tem o discurso atropelado de espectador do estádio de Alvalade, quando exaltado discorda das decisões do árbitro. Ganha em vigor emocional e desconexo o que perde em clarividência.
O Dr Carvalhas tem as ideias arrumadas e o discurso racional e sóbrio. Mas é demasiado monocórdico, proclama verdades que ninguém refuta mas que todos ignoram. Cumpre o seu papel, sai para o camarim, quase não ouve aplausos. Acusando-o sempre de usar uma cassete o primeiro ministro responde-lhe usando outra. Como num combate de boxe, passou-se mais um assalto em que não houve vencedor. Nem aos pontos.
O Dr Louça questionou o primeiro ministro pelo apoio expresso que, no parlamento, não garantiu à ministra da justiça. Que há dois ou três dias se desdobrou em explicações pelo país fora, à hora do Big Brother, a contar histórias da carochinha em que ninguém - nem ela! - acredita. E, desatino, sugeriu ou inquiriu sobre a sua inimputabilidade. As galerias tolheram-se de frio, as bancadas da maioria espumaram de raiva. A ministra, até agora, não me apercebi que tivesse dito nada. As bancadas da oposição ruborizaram, beberam água, já conseguiram conter a gargalhada.
Ofendida e mal paga, a bancada do partido da ministra anunciou que iria processar o herege do Dr Louçã e que o convidava, se não fosse cobarde, a solicitar o levantamento da imunidade parlamentar que o protege, para responder em tribunal. A gargalhada voltou a soltar-se à bancada minoritária da oposição, e parece que ainda continua. O Dr Louça classificou de garotice o anúncio e ficou à espera do desafio varão, para o duelo. É sexta-feira e seguem todos para o fim de semana, em S. Martinho do Porto, apesar da qualidade perdida de que nos conta, sapiente, o Dr Prado Coelho. Amanhã a bola e o Sporting - Porto vão fazer esquecer tudo. Independentemente do resultado e de se saber se a ministra é imputável ou não!
Discursos atabalhoados e inúteis a que, invariavelmente, o árbitro que preside à mesa foi pondo termo dizendo: "o seu tempo acabou, faz favor de terminar senhor deputado". Foi havendo de tudo, desde aplausos de pé, a pateadas e a urros de agravo às mulheres e às mães dos oradores.
A maioria que apoia o governo não precisou sequer de ver dúvidas esclarecidas e não contestou nada. É fervorosamente crente e temente a Deus e entende, como lhe ensinou o catecismo, que Deus não se discute. Acredita-se!
O Dr Ferro, mesmo assim e parece que pela primeira vez, pôs algumas dificuldades ao primeiro ministro, que vacilou. Mas o Dr Ferro tem o discurso atropelado de espectador do estádio de Alvalade, quando exaltado discorda das decisões do árbitro. Ganha em vigor emocional e desconexo o que perde em clarividência.
O Dr Carvalhas tem as ideias arrumadas e o discurso racional e sóbrio. Mas é demasiado monocórdico, proclama verdades que ninguém refuta mas que todos ignoram. Cumpre o seu papel, sai para o camarim, quase não ouve aplausos. Acusando-o sempre de usar uma cassete o primeiro ministro responde-lhe usando outra. Como num combate de boxe, passou-se mais um assalto em que não houve vencedor. Nem aos pontos.
O Dr Louça questionou o primeiro ministro pelo apoio expresso que, no parlamento, não garantiu à ministra da justiça. Que há dois ou três dias se desdobrou em explicações pelo país fora, à hora do Big Brother, a contar histórias da carochinha em que ninguém - nem ela! - acredita. E, desatino, sugeriu ou inquiriu sobre a sua inimputabilidade. As galerias tolheram-se de frio, as bancadas da maioria espumaram de raiva. A ministra, até agora, não me apercebi que tivesse dito nada. As bancadas da oposição ruborizaram, beberam água, já conseguiram conter a gargalhada.
Ofendida e mal paga, a bancada do partido da ministra anunciou que iria processar o herege do Dr Louçã e que o convidava, se não fosse cobarde, a solicitar o levantamento da imunidade parlamentar que o protege, para responder em tribunal. A gargalhada voltou a soltar-se à bancada minoritária da oposição, e parece que ainda continua. O Dr Louça classificou de garotice o anúncio e ficou à espera do desafio varão, para o duelo. É sexta-feira e seguem todos para o fim de semana, em S. Martinho do Porto, apesar da qualidade perdida de que nos conta, sapiente, o Dr Prado Coelho. Amanhã a bola e o Sporting - Porto vão fazer esquecer tudo. Independentemente do resultado e de se saber se a ministra é imputável ou não!
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