27 de janeiro de 2004

A fama do macho português vem de longe

Como a fama do brandy Constantino e da vitela do Barroso. O Zézé Camarinha é apenas um exemplo, distribuído em folhetos de propaganda turística durante o Verão, para uso externo. Não olha a meios para atingir os fins e não se preocupa com pormenores insignificantes. Tudo isto, e muito mais, decorre de um estudo realizado pela Deco.

Antes do mais o português gosta de fazer sexo como os antigos trapezistas voavam na cúpula das tendas dos circos, isto é, sem rede. Por isso mesmo dispensa o preservativo, essencialmente porque é caro, ao contrário do totoloto. Mas quando têm disponibilidades não descuram a segurança e, para a aumentar, usam-nos aos pares porque dois sempre são mais seguros do que um.

Quase metade dos inquiridos acha que a sida se pode transmitir pela picada de insectos, embora às vezes não saiba se um pardal é um insecto ou um primata. Ou através das tampas das sanitas de casas de banho públicas onde, como se sabe, se encontram escritos todos os tipos inimagináveis de ordinarices. Algumas das quais se não transmitem por esta via, mas por outra qualquer. Talvez até mesmo por carta armadilhada, devidamente expedida por correio azul, com franquia paga e tudo.

O estudo foi realizado em Portugal, Espanha, Bélgica e Itália. Por uma vez, lideramos o grupo: somos os mais ignorantes. E não é por falta de prática e de elementos para estudo: o país é também o caso mais alarmante da União Europeia no que respeita a casos de sida. Mais de 22.000 estão recenseados e no conjunto as estimativas apontam para alguns 50.000. Não é também por falta de reformas do ensino: cada ministro tem feito a sua e alguns têm mesmo feito mais do que uma. Sem que alguma vez alguém tivesse percebido como as fizeram e para que serviram. Mas as reformas são a grande paixão de todos os ministros, especialmente quando são pagas pela Caixa Geral de Aposentações!

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