29 de junho de 2004

Piroseira

Piroseira, substantivo feminino de origem lusitana, provavelmente utilizado pela primeira vez em Terras de Viriato, em época incerta. Vírus atípico de origem desconhecida, geração espontânea e propagação esquizofrénica em qualquer ambiente, mesmo considerado adverso. Multiplicação acelerada em colónia, vivendo em meios húmidos e levemente aquecidos. Apresenta-se em qualquer dos géneros masculino, feminino ou outro. Geograficamente circunscrito a um tosco rectângulo desenhado por Sagres e Vila Real de Santo António a sul e por Valença e Miranda do Douro a norte. Indomável relativamente ao regime de quarentena a que apenas se submete face à presença elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Resistente à doença das vacas loucas e à febre carraça mas frequentemente afectado pela presença de vapores de álcool que podem potenciar-lhe os efeitos e os sintomas. Espalha-se indistintamente por meios urbanos e rurais, especialmente na época de Verão, podendo encontrar-se na maioria das feiras e romarias, mesmo depois do pôr do sol e ao som de violas eléctricas amplificado à potência "n".

Não confundir com pirose, dispepsia com sensação de calor na parte inicial do aparelho digestivo, acompanhada de excessiva secreção salivar; ardor que se sente no estômago; azia. Que é, frequentemente, uma consequência da infecção com piroseira, usualmente tratada com água gaseificada, sais de fruta ou alkazelser nos dias imediatos à detecção dos sintomas.

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