7 de setembro de 2004

Canhonheiras mantêm vigilância

Uma prudente e rigorosa juíza de Coimbra confirmou a decisão política de não permitir a entrada em águas pátrias da ameaçadora jangada que, com garbo e valentia, a nossa marinha de guerra tem mantido para lá da linha de pesca que define a fronteira. Decisão mais complexa que difícil, obrigou a horas de consulta de alfarrábios, à compra de dicionários de latim e a corrector ortográfico a título preventivo. Porque na redacção como no aborto mais vale prevenir do que remediar.

Depois de arrumados os manuais e as sebentas a juiza decretou a proibição da entrada em águas portuguesas da jangada flutuando sob pavilhão holandês. Adiantou todavia que não eram proíbidas as acções de propaganda sobre o aborto e que a respectiva tripulação poderá livremente promovê-las em terra. Para onde se espera então que o patrão de costa mande avançar a maltrapilha tripulação da jangada. A nado. Devidamente escoltada por marujos portugueses, sisudos e ameaçadores, ataviados a rigor para a batalha que poderá ter por cenário o planalto mirandês. Para promoção da posta à mirandesa e das relações com o Brasil.

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