23 de novembro de 2003

Adeus amiga

Há dois dias atrás, quando a tarde se desenrolava ainda da bruma sombria da manhã, ei-la que veio. Como quase sempre vem, especialmente quando sabe que a esperam. Sorrateira, pé ante pé, traiçoeira e esquiva. Como na manhã em que, finalmente, irá regressar o nosso senhor, el-rei D. Sebastião, chegou e partiu envolta no manto de nevoeiro, sem que ninguém desse por ela. Visíveis, apenas os resultados dolorosos, trágicos, irreversíveis.

E hoje, na tua adquirida tranquilidade, marejaste de lágrimas os olhos amigos de quem te acompanhou. Desceste à terra repousada, sem dor e sem sofrimento. Aqueles que te sobraram pela vida fora. Nada será como dantes, mas a tua memória fará com que tudo continue a ser como dantes. Mais do que ninguém, tu o mereces. Adeus amiga, até sempre!

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