Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres
A designação é demasiado extensa, como que a pretender camuflar uma realidade indesmentível, pefeitamente inadmíssivel em sociedades que se dizem civilizadas e de todo inaceitável e incompreensível no relacionamento que deve prevalecer entre seres humanos.
Não deixa de ser violência contra as mulheres a necessidade que a legislação de alguns países, nomeadamente do nosso, tem em estabelecer quotas para acesso das mulheres a determinados cargos.
Condenamos a segregação pela diferença da raça, da religião, da simpatia clubística, da nacionalidade. Depois concedemos, com aparato magnânimo, que as mulheres possam afinal ocupar um quarto dos cargos políticos. Como estamos no país em que estamos, sabe-se desde logo que essa legislação também não é para ser cumprida.
Finalmente, depois de sermos contra todas as formas de segregação, de as criticarmos em privado e em público, de participarmos em colóquios sobre o assunto, de empunharmos dísticos alusivos em manifestações de rua, depois de tanto e tão convicto empenhamento, que fazemos?
Valentes e ousados, do alto de uma estatura mais elevada e mais musculosa, espancamo-las e permitimos que no nosso meio outros continuem a fazê-lo. Repetida e continuadamente, sem que elas tenham cometido nenhum crime, sem que estejam em falta sobre nenhuma coisa. Muito apenas porque, fisicamente, são mais frágeis!
Como homem, mais do que incomodado e desconfortável por saber que isso acontece, devo simplesmente referir que isso me envergonha. Pela indignidade!
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial