Os actos transparentes dos nossos autarcas
O caso voltou hoje aos jornais. A Imoloc, empresa de construção civil que se preparava para construir – sem que fosse naturalmente habitação social – na chamada frente urbana do Parque da Cidade – do Porto, diga-se, para quem não conhece a situação e a cidade! – avançou com uma acção contra a Câmara do Porto e o seu actual presidente, no valor de 50 milhões de euros, o equivalente a dez milhões de contos. Porquê? Porque a actual Câmara – e bem, em minha opinião – se opõe a deixar que aquela empresa leve por diante os projectos de construção que tem para aquela zona.
Ouço há pouco, na TSF, que a autorização de construção terá sido dada pelo anterior presidente, Eng. Nuno Cardoso, dois dias antes de abandonar o cargo. Quer dizer, depois de ter perdido as eleições – a que aliás não foi candidato porque o negócio entre o arquitecto Gaspar e o indescritível Dr. Fernando Gomes o puseram à margem do plebiscito! – o Eng. Nuno Cardoso que deveria limitar-se a actos de gestão corrente quis ser ele a consumar a negociata, sabe Deus com que intenções e com que resultados. Isto, creio, não é uma questão de direito. Muito mais importante do que isso, é uma mera questão de senso comum. Que o Eng. Nuno Cardoso não foi capaz de ter, porque não quis, porque não percebeu ou porque se julgou no papel de um pequeno ditador. Sem nenhuma referência à sua altura, já se vê!
De imediato, convocou uma conferência de imprensa para explicar aquilo que não tem explicação e, mais uma vez, tentar resolver a quadratura do círculo. De preferência à hora a que as emissoras de rádio libertem os noticiários e – se elas estiverem dispostas a ir lá! – a que as televisões possam invadir-nos as residências com directos inúteis, cheirando à celulose de Cacia. Já sabemos: como o Sr. José Mourinho vai queixar-se do árbitro e da comissão de disciplina da Liga!
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