O partido do Dr Monteiro não para de crescer
Este país, tão habituado já eu estou a que ele seja como é, sem glória, sem ética e sem princípios, muito difilmente me consegue surpreender. De forma que quando isso acontece eu só não deito uma dúzia de foguetes porque não tenho dinheiro para os comprar - a pólvora está pela hora da morte depois daquela ideia peregrina do W. Bush pensar que se libertava o Iraque a tiro de canhangulo! - e porque, além disso, a indústria de pirotecnia é perigosa e não para de fazer vítimas. Mas que fico eufórico, sem influência da passa ou do álcool, isso garanto-vos.
De modo que o Partido da Nova Democracia que o Dr Monteiro, reunido em congresso fundador, anunciou ao país fez-me de novo acreditar nele, no país, em tudo e mais alguma coisa. Até na dobragem do Cabo da Boa Esperança, na descoberta do caminho marítimo para a Índia e no Sporting a fazer o mesmo pleno que o F. C. Porto fez a época passada, arrecadando campeonato, taça, taça UEFA e supertaça, sempre sob a erudita e diligente orientação do engenheiro Fernando Santos.
Depois aquilo era pouca gente mas era suficientemente jovem para que eu acreditasse. O Dr Monteiro não apresenta cabelos brancos, tem o currículo invejável de ninguém saber o que de relevante ele fez até hoje e resolveu em boa hora - certamente seguindo a orientação de um qualquer técnico de marketing brasileiro - mudar aqueles óculos de aspecto pesado e estúpido que faziam dele um lavrador com o dobro da idade.
De forma algo inesperada, porque nada tinha sido preparado para isso, o Dr Monteiro ganhou o congresso, apareceu por momentos nas televisões, desdobrou-se em entrevistas às revistas para onde escreve a Margarida Rebelo Pinto e até foi convidado a dar ele resposta a uma pergunta feita ao consultório sentimental da revista Maria por um leitor mais atrevido, sobre sexo seguro. Não foi levado em ombros porque, embora magro, é maciço e o número de congressistas, de tão poucos, não puderam com ele. Para além disso não tinha acabado nenhuma faena a nenhum touro em pontas, finalizada com a estocada final e fatal como em Barrancos. Mesmo que o tivesse tentado, que naquele fim de semana o Dr Portas, seu velho amigo de peito e de coração nem pregou olho, atento à informação que lhe ia chegando dos militantes que mandou ilfiltrar no local. Isto porque, segundo uma máxima de Sócrates - o engenheiro da televisão não! O outro, o verdadeiro! - quem tem cu, tem medo.
Depois o Dr Monteiro, de novo feliz por ser presidente de qualquer coisa, viu acrescentada mais uma linha inútil, em caracteres "bond", ao seu longo currículo pessoal e atirou-se ao trabalho, a ver se melhorava a saúde. Passeou-se pelas ruas, visitou mercados, foi às lotas onde arrematou cabazes de jaquinzinhos, perfilou-se respeitosamente nas primeiras filas de muitas missas, benzeu-se e solicitou audiências a toda a gente que lhas poderia conceder.
Tem sido bem sucedido, apesar do nome novo e da lenga-lenga velha e relha. Já só aguarda por disponibilidades de agenda dos respectivos responsáveis para ser recebido pelo presidente da junta dos Olivais, pelo presidente da câmara de Oeiras, pelo primeiro ministro e pelo ex-presidente do Alverca. O ministro da defesa nem deu sinais de vida, parece que sempre que lhe falam no Dr Monteiro entra autenticamente em transe, benze-se três vezes, acende duas velas de meio metro e, por precaução, recusa-se a sair à noite durante três dias em que fica em casa a rezar o terço.
Mas o sucesso ultrapassou fronteiras e de Angola, em papel timbrado onde a palavra "popular" foi adequadamente riscada a esferográfica azul, emitida por cartório notarial com porta para a rua e número de polícia, chegou-lhe uma procuração. A dar-lhe plenos poderes para se pronunciar em nome do povo angolano. Daí o título de uma pequena notícia de hoje: Monteiro diz que Durão participou num casamento insultuoso para angolanos. Espera-se que quando ocorrer o próximo "insulto" o Dr Monteiro também seja convidado!
De modo que o Partido da Nova Democracia que o Dr Monteiro, reunido em congresso fundador, anunciou ao país fez-me de novo acreditar nele, no país, em tudo e mais alguma coisa. Até na dobragem do Cabo da Boa Esperança, na descoberta do caminho marítimo para a Índia e no Sporting a fazer o mesmo pleno que o F. C. Porto fez a época passada, arrecadando campeonato, taça, taça UEFA e supertaça, sempre sob a erudita e diligente orientação do engenheiro Fernando Santos.
Depois aquilo era pouca gente mas era suficientemente jovem para que eu acreditasse. O Dr Monteiro não apresenta cabelos brancos, tem o currículo invejável de ninguém saber o que de relevante ele fez até hoje e resolveu em boa hora - certamente seguindo a orientação de um qualquer técnico de marketing brasileiro - mudar aqueles óculos de aspecto pesado e estúpido que faziam dele um lavrador com o dobro da idade.
De forma algo inesperada, porque nada tinha sido preparado para isso, o Dr Monteiro ganhou o congresso, apareceu por momentos nas televisões, desdobrou-se em entrevistas às revistas para onde escreve a Margarida Rebelo Pinto e até foi convidado a dar ele resposta a uma pergunta feita ao consultório sentimental da revista Maria por um leitor mais atrevido, sobre sexo seguro. Não foi levado em ombros porque, embora magro, é maciço e o número de congressistas, de tão poucos, não puderam com ele. Para além disso não tinha acabado nenhuma faena a nenhum touro em pontas, finalizada com a estocada final e fatal como em Barrancos. Mesmo que o tivesse tentado, que naquele fim de semana o Dr Portas, seu velho amigo de peito e de coração nem pregou olho, atento à informação que lhe ia chegando dos militantes que mandou ilfiltrar no local. Isto porque, segundo uma máxima de Sócrates - o engenheiro da televisão não! O outro, o verdadeiro! - quem tem cu, tem medo.
Depois o Dr Monteiro, de novo feliz por ser presidente de qualquer coisa, viu acrescentada mais uma linha inútil, em caracteres "bond", ao seu longo currículo pessoal e atirou-se ao trabalho, a ver se melhorava a saúde. Passeou-se pelas ruas, visitou mercados, foi às lotas onde arrematou cabazes de jaquinzinhos, perfilou-se respeitosamente nas primeiras filas de muitas missas, benzeu-se e solicitou audiências a toda a gente que lhas poderia conceder.
Tem sido bem sucedido, apesar do nome novo e da lenga-lenga velha e relha. Já só aguarda por disponibilidades de agenda dos respectivos responsáveis para ser recebido pelo presidente da junta dos Olivais, pelo presidente da câmara de Oeiras, pelo primeiro ministro e pelo ex-presidente do Alverca. O ministro da defesa nem deu sinais de vida, parece que sempre que lhe falam no Dr Monteiro entra autenticamente em transe, benze-se três vezes, acende duas velas de meio metro e, por precaução, recusa-se a sair à noite durante três dias em que fica em casa a rezar o terço.
Mas o sucesso ultrapassou fronteiras e de Angola, em papel timbrado onde a palavra "popular" foi adequadamente riscada a esferográfica azul, emitida por cartório notarial com porta para a rua e número de polícia, chegou-lhe uma procuração. A dar-lhe plenos poderes para se pronunciar em nome do povo angolano. Daí o título de uma pequena notícia de hoje: Monteiro diz que Durão participou num casamento insultuoso para angolanos. Espera-se que quando ocorrer o próximo "insulto" o Dr Monteiro também seja convidado!
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