Parabéns senhora Ministra da Justiça
Nunca fui muito dado a louvores públicos mas, desta vez, creia V. Exa., não há nada nem de mais justo, nem de mais sentido. Ainda há dias atrás, quando o governo confraternizava à mesa de um qualquer restaurante da Ericeira, comemorando com lagosta os dois anos que leva neste regabofe nacional, V. Exa. salientava, com a sapiência que a levou a ocupar o cargo que desempenha, que não era ainda a altura de prestar contas das muitas, improfícuas e invisíveis reformas que vem realizando. Nem sequer o será o dia 13 de Junho como, maliciosamente, vem pretendendo o Dr Ferro Rodrigues, um seu detractor. Nessa data Portugal não terá ainda ganho Euro nenhum, que apenas terá tido início no dia anterior e, por tradição, a quadra é de sardinhas assadas, pimentos e marchas populares. Com o Dr Santana Lopes travestido de candidato a candidato a presidente do Olivais Futebol Clube.
Também em consciência digo a V. Exa. que não precisará de prestar contas a ninguém. Uma ministra não é uma mulher a dias a quem se confiam dez euros para ir à mercearia da esquina, comprar detergente para a loiça e a quem, depois, se confere a devolução do troco até ao último cêntimo, na dúvida de que pudesse ter utilizado o dinheiro necessário ao custo de uma carcaça para enganar o estômago. Isso seria naturalmente aviltante e o país, mesmo não reconhecendo a dedicação de quem o governa, ainda não chegou a tanto, mesmo que as razões lhe sobrem para esse mau feitio.
Acontece apenas que a obra de V. Exa. fala por si, se justifica a si própria, está à vista de toda a gente que, diariamente, contacta com os diversos serviços do seu ministério. Apenas o Sr bastonário da Ordem dos Advogados - um ingrato e mal agradecido - persiste na ideia premeditada de que o também respeitável ministro da agricultura tem, como engenheiro agrónomo, as mesmas aptidões para as funções e as teria certamente desempenhado com a mesma incompetência. Assim como V. Exa. teria tratado da questão dos frangos com nitrofuranos e dos porcos a evacuarem para o rio Liz com a mesma primária competência.
Um dia destes nós próprios, por imposição legal, nos deslocámos a uma das muitas lojas que o ministério de V. Exa. tem espalhadas pelo país, sob a equívoca designação de tribunais. Não fomos mal atendidos, mesmo que o diligente funcionário quase nos tivesse posto, diplomaticamente, na rua. Porque V. Exa. manda que os funcionários respeitem e tratem com deferência os contribuintes que pagam para os ordenados deles e para o seu. Mas acontece que ninguém sabia de nada, nem queria saber. Mesmo quando as situações eram de lógica linear se pronunciaram pelo disparate do sistema e pela faculdade de reclamação para a ministra. E fizeram-nos o preço a olho, como qualquer feirante com menos escrúpulos: mediram-nos de alto a baixo, sentiram-se 15 centímetros mais altos, olharam-nos para o cambado dos sapatos e estabeleceram 500 euros. Em consequência do protesto, condescenderam: está bem, 400 euros, como os ciganos. Com o devido respeito devido à etnia e ao Sr João Garcia. Os tribunais estavam parados no que respeita à área técnica, passaram a está-lo também na administrativa. Com a informatização - mal pensada, mal concebida e mal implantada - os tribunais não funcionam, os funcionários não funcionam, as tesourarias não funcionam. A única pessoa que funciona, porque se não cansa em repeti-lo, é V. Exa. Mas ninguém dá por isso, nem nunca deu.
Para que se notasse talvez fosse melhor que V. Exa. se incluísse numa das alíneas das muitas reformas que vem promovendo. Que o mesmo é dizer que se auto-reformasse. Poupava-se V. Exa. ao que mais salienta: a dedicada entrega ao trabalho em benefício de todos os portugueses. Com natural prejuízo do marido, dos filhos e dos netos, que o não merecem!
Também em consciência digo a V. Exa. que não precisará de prestar contas a ninguém. Uma ministra não é uma mulher a dias a quem se confiam dez euros para ir à mercearia da esquina, comprar detergente para a loiça e a quem, depois, se confere a devolução do troco até ao último cêntimo, na dúvida de que pudesse ter utilizado o dinheiro necessário ao custo de uma carcaça para enganar o estômago. Isso seria naturalmente aviltante e o país, mesmo não reconhecendo a dedicação de quem o governa, ainda não chegou a tanto, mesmo que as razões lhe sobrem para esse mau feitio.
Acontece apenas que a obra de V. Exa. fala por si, se justifica a si própria, está à vista de toda a gente que, diariamente, contacta com os diversos serviços do seu ministério. Apenas o Sr bastonário da Ordem dos Advogados - um ingrato e mal agradecido - persiste na ideia premeditada de que o também respeitável ministro da agricultura tem, como engenheiro agrónomo, as mesmas aptidões para as funções e as teria certamente desempenhado com a mesma incompetência. Assim como V. Exa. teria tratado da questão dos frangos com nitrofuranos e dos porcos a evacuarem para o rio Liz com a mesma primária competência.
Um dia destes nós próprios, por imposição legal, nos deslocámos a uma das muitas lojas que o ministério de V. Exa. tem espalhadas pelo país, sob a equívoca designação de tribunais. Não fomos mal atendidos, mesmo que o diligente funcionário quase nos tivesse posto, diplomaticamente, na rua. Porque V. Exa. manda que os funcionários respeitem e tratem com deferência os contribuintes que pagam para os ordenados deles e para o seu. Mas acontece que ninguém sabia de nada, nem queria saber. Mesmo quando as situações eram de lógica linear se pronunciaram pelo disparate do sistema e pela faculdade de reclamação para a ministra. E fizeram-nos o preço a olho, como qualquer feirante com menos escrúpulos: mediram-nos de alto a baixo, sentiram-se 15 centímetros mais altos, olharam-nos para o cambado dos sapatos e estabeleceram 500 euros. Em consequência do protesto, condescenderam: está bem, 400 euros, como os ciganos. Com o devido respeito devido à etnia e ao Sr João Garcia. Os tribunais estavam parados no que respeita à área técnica, passaram a está-lo também na administrativa. Com a informatização - mal pensada, mal concebida e mal implantada - os tribunais não funcionam, os funcionários não funcionam, as tesourarias não funcionam. A única pessoa que funciona, porque se não cansa em repeti-lo, é V. Exa. Mas ninguém dá por isso, nem nunca deu.
Para que se notasse talvez fosse melhor que V. Exa. se incluísse numa das alíneas das muitas reformas que vem promovendo. Que o mesmo é dizer que se auto-reformasse. Poupava-se V. Exa. ao que mais salienta: a dedicada entrega ao trabalho em benefício de todos os portugueses. Com natural prejuízo do marido, dos filhos e dos netos, que o não merecem!
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