Que se decida o que tem que se decidir
Nunca é demasiadamente cedo. Nunca os factos estão excessivamente frescos. Nunca é atitude precipitada olhar em frente e alinhar acontecimentos, apontar responsáveis e arriscar decisões. De ataque cardíaco fulminante, depois de uma acidentada passagem pela lota de Matosinhos, que não terá durado meia hora, sucumbiu ontem o professor Sousa Franco. Voluntarioso e de forma de todo involuntária é ele que fica como a vítima trágica de tudo o que, antes dele e depois dele, passou pela lota, pelo hospital e mesmo pelo hotel onde a comitiva do Partido Socialista se instalara.
O que está a montante é a luta pessoal de dois homens. Inútil, estúpida e demagógica na forma como desfralda a mentirosa intenção de resolver problemas colectivos e servir populações. O que se futura, a jusante, é essa mesma luta, egoísta e criminosa, entre esses mesmos dois homens. De que inevitavelmente serão vítimas as populações que eles afirmam dispor-se a servir. Chamem-se pelos nomes, com frontalidade. Mande-se que dêem dois passos em frente os autarcas socialistas de Matosinhos, Narciso Miranda e Manuel Seabra.
Resolva-se o problema, sem hesitações. Excluam-se ambos. O sistema político deve prever ferramentas que se não limitem a atribuir mordomias e benesses, a reduzir cuidados de saúde, a formalizar a instituição da miséria e a comprar submarinos para patrulhar todos os ribeiros que confluam no rio Minho, à cadência da desova da lampreia. O sistema não deve segregar o presidente da república e impor-lhe apenas a ele o cumprimento de dois mandatos sucessivos. Como se de si pudesse partir todo o perigo para a democracia, para o progresso e para a conservação da nacionalidade. Limitem-se todos os mandatos de todos os cargos políticos. Sejam simplesmente profissionais todos os cargos que, embora públicos, se situem abaixo da hierarquia do poder político. Que o país se não limite à propaganda balofa sobre a condição de civilizado, mas que a demonstre. À semelhança dos outros, que a pratique!
Nenhum político, depois de mais de vinte anos no exercício do mesmo cargo, tem projecto colectivo nenhum. Seja ele elemento de uma junta de freguesia, de uma câmara municipal ou de um parlamento nacional. E a política - deve-se ensiná-lo persistentemente ao eleitor - é um exercício de cidadania, em benefício de comunidade e não em proveito próprio. Nenhum político o deve ser utilizando os métodos dos coronéis do café e do cacau que Jorge Amado descreve nos seus livros. Servindo-se de capangas sem consciência e sem escrúpulos que fornecem violência a troco de meia dúzia de sardinhas e de uma caneca de vinho verde.
Nenhum dos citados terá a dignidade de, verticalmente, renunciar. São ambos demasiado pequenos para serem capazes de tão nobre decisão. Que o partido a que pertencem chore a perda por que passa, saia do acto eleitoral que se segue e, sem perda de tempo, decida como deve. Enquanto o sistema político, ele próprio, não for ajustado à intransigente defesa dos cidadãos. Que deve servir e de que não deve servir-se, como vem sendo regra!
O que está a montante é a luta pessoal de dois homens. Inútil, estúpida e demagógica na forma como desfralda a mentirosa intenção de resolver problemas colectivos e servir populações. O que se futura, a jusante, é essa mesma luta, egoísta e criminosa, entre esses mesmos dois homens. De que inevitavelmente serão vítimas as populações que eles afirmam dispor-se a servir. Chamem-se pelos nomes, com frontalidade. Mande-se que dêem dois passos em frente os autarcas socialistas de Matosinhos, Narciso Miranda e Manuel Seabra.
Resolva-se o problema, sem hesitações. Excluam-se ambos. O sistema político deve prever ferramentas que se não limitem a atribuir mordomias e benesses, a reduzir cuidados de saúde, a formalizar a instituição da miséria e a comprar submarinos para patrulhar todos os ribeiros que confluam no rio Minho, à cadência da desova da lampreia. O sistema não deve segregar o presidente da república e impor-lhe apenas a ele o cumprimento de dois mandatos sucessivos. Como se de si pudesse partir todo o perigo para a democracia, para o progresso e para a conservação da nacionalidade. Limitem-se todos os mandatos de todos os cargos políticos. Sejam simplesmente profissionais todos os cargos que, embora públicos, se situem abaixo da hierarquia do poder político. Que o país se não limite à propaganda balofa sobre a condição de civilizado, mas que a demonstre. À semelhança dos outros, que a pratique!
Nenhum político, depois de mais de vinte anos no exercício do mesmo cargo, tem projecto colectivo nenhum. Seja ele elemento de uma junta de freguesia, de uma câmara municipal ou de um parlamento nacional. E a política - deve-se ensiná-lo persistentemente ao eleitor - é um exercício de cidadania, em benefício de comunidade e não em proveito próprio. Nenhum político o deve ser utilizando os métodos dos coronéis do café e do cacau que Jorge Amado descreve nos seus livros. Servindo-se de capangas sem consciência e sem escrúpulos que fornecem violência a troco de meia dúzia de sardinhas e de uma caneca de vinho verde.
Nenhum dos citados terá a dignidade de, verticalmente, renunciar. São ambos demasiado pequenos para serem capazes de tão nobre decisão. Que o partido a que pertencem chore a perda por que passa, saia do acto eleitoral que se segue e, sem perda de tempo, decida como deve. Enquanto o sistema político, ele próprio, não for ajustado à intransigente defesa dos cidadãos. Que deve servir e de que não deve servir-se, como vem sendo regra!
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial