Mais um disparate de um dos ministérios disparatados
O ministério do disparate seria um título obviamente ambíguo porque o leitor se perguntaria a que ministério nos referíamos. Porque o que mais há, como se sabe, é ministérios do disparate! Mas seria igualmente ambíguo o título ministério da virtude e da luta contra o vício. Porque o leitor se perguntaria se um tal ministério existiria no actual governo, situação que genericamente se desconhece. Como está, acautela os pergaminhos de todos e não haverá certamente ministro que se possa sentir melindrado - ou mesmo desconsiderado - por ter sido preterido.
O ministério é, neste caso concreto, o que tem a saúde como alcunha. E cujo ministro, nitidamente, persiste em garantir que entre a gestão de uma qualquer fábrica de adubos no Lavradio e de um hospital apressadamente redenominado SA não há rigorosamente diferença nenhuma. Para o ministro ser eficaz não corresponde a garantir cuidados primários de saúde a toda a população. Corresponde antes a não ter doentes, situação que apenas se alcança desde que se não tenha população.
Só assim se compreende a ideia farisaica que agora adiantou. Beneficiário que durante três anos não tenha estado doente, perde o direito a está-lo no futuro e a ter médico que o trate. Vai passar a ser mais uma preocupação para as famílias portuguesas que, no próximo Outono, deixarão de tomar a vacina contra a gripe. E será doloroso ver as pessoas saudáveis preocupadas com o correr do tempo, como se um contrato de trabalho, daqueles do ministro Bagão, se aproximasse velozmente do seu termo. Sem que ao menos lhes surja uma qualquer maleita, uma febre dos fenos, uma virose anti-governo, qualquer coisa que desse temperaturas altas e suores desgovernados a reclamar intervenção clínica, uns comprimidos de um genérico qualquer e a manutenção de um médico de família.
Bem estão afinal os muitos milhares que aguardam por médico de família há largos anos, sem que o vejam ser-lhes atribuído. Não têm que se preocupar com a sua saúde nem com a perda do respectivo clínico. E aos centros de saúde bastará rasgar as fichas de inscrição e comunicar ao ministro que os serviços estão prontos a ser privatizados. Por ajuste directo, para agilizar o processo, como hoje se usa dizer na terminologia política!
O ministério é, neste caso concreto, o que tem a saúde como alcunha. E cujo ministro, nitidamente, persiste em garantir que entre a gestão de uma qualquer fábrica de adubos no Lavradio e de um hospital apressadamente redenominado SA não há rigorosamente diferença nenhuma. Para o ministro ser eficaz não corresponde a garantir cuidados primários de saúde a toda a população. Corresponde antes a não ter doentes, situação que apenas se alcança desde que se não tenha população.
Só assim se compreende a ideia farisaica que agora adiantou. Beneficiário que durante três anos não tenha estado doente, perde o direito a está-lo no futuro e a ter médico que o trate. Vai passar a ser mais uma preocupação para as famílias portuguesas que, no próximo Outono, deixarão de tomar a vacina contra a gripe. E será doloroso ver as pessoas saudáveis preocupadas com o correr do tempo, como se um contrato de trabalho, daqueles do ministro Bagão, se aproximasse velozmente do seu termo. Sem que ao menos lhes surja uma qualquer maleita, uma febre dos fenos, uma virose anti-governo, qualquer coisa que desse temperaturas altas e suores desgovernados a reclamar intervenção clínica, uns comprimidos de um genérico qualquer e a manutenção de um médico de família.
Bem estão afinal os muitos milhares que aguardam por médico de família há largos anos, sem que o vejam ser-lhes atribuído. Não têm que se preocupar com a sua saúde nem com a perda do respectivo clínico. E aos centros de saúde bastará rasgar as fichas de inscrição e comunicar ao ministro que os serviços estão prontos a ser privatizados. Por ajuste directo, para agilizar o processo, como hoje se usa dizer na terminologia política!
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