12 de março de 2006

Domingo sem árvore

Curvo-me perante a beleza deslumbrante das imagens que aí ficam, à esquerda. Aplaudo, de pé e sem reticências, o esforço contínuo e aplicado desta gente, avessa a protagonismos e a louros, na perseguição de um propósito e de um projecto que, tanto quanto sei, nem a autarquia nem a república financiam. Reconheço, com gratidão se isso ainda é sentimento que se use, a forma como me ensinaram a gostar mais das árvores e a respeitá-las como parte do que me fica a montante na vida. Desespero com o augúrio premonitório que a Manuela, consciente e racional, aqui deixava suspenso, há bem menos de um ano.

Ergo-me revoltado, inconformado no desprezo com que energúmenos vários, deixam suplicantes os ramos trucidados dos restos da árvore desta outra fotografia, de hoje, que eu próprio recolhi. Não posso compreender muita coisa e definitivamente me recuso a aceitar pacificamente tantas outras. Não haverá Maio vermelho este ano Manuela! E porque será que secaram a árvore da forca? Porque será que a arrancaram pela raiz e a cortaram à medida de cavacas para alimentar lareiras famintas de novos-ricos, pobres de espírito? Quando tão necessária era ainda para pendurar pelos cueiros as inteligências saloias dos que se julgam donos da cidade!

2 Comentários:

Às 7:33 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

!!! ( energúmenos é uma boa palavra ;-(

 
Às 10:28 da tarde , Anonymous Anónimo disse...

adoro árvores.................pelas ávores..........das quais temos inveja pelas suas raízes,pl seu tronco forte sólido, pl sua longevidade e quando morrem caiem de PÉ..............

 

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