Erro de paralaxe
Para ser franco há muito que deixei de me entusiasmar com o futebol. A partir do momento em que a televisão o transmite sete dias por semana, de manhã e de tarde, senti ser-me exigido o mesmo esforço que me exigiria a mais atraente namorada que, na minha idade e com o meu juízo, quisesse que fossemos para a cama de manhã e de tarde, sete dias por semana. Isso, ao que ouço e ao que rezam as enciclopédias, é coisa para super-homens, zézés camarinhas e quejandos. Depois nunca percebi bem como é que o senhor Oliveira que espalhava painéis publicitários pelos estádios se transformou no dono e senhor absoluto do futebol, comprando e vendendo minutos contados ou encontros completos.
Depois ainda, a gente preocupa-se com aquilo que é problema e, quanto a isso, tranquilizei-me. Especialmente depois de ouvir um militar reintegrado, já aposentado - suponho que beneficiando de justissima pensão, embora curta! - indicar o futebol como a actividade mais exemplar que se desenvolve no país. Se assim é não vejo nenhumas razões para me preocupar, por mais apitos dourados que por aí haja e por mais cabeças que jornalistas sem escrúpulos possam atribuir-lhes. Como se os apitos alguma vez pudessem ter cabeça! Quando muito haverá cabeças a utilizar apitos e às vezes, como se sabe, até com muito pouca cabeça!
Antes da jornada do passado fim de semana, como constava dos jornais da especialidade, o Futebol Clube do Porto tinha quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado. Este perdeu e, na segunda-feira, mesmo empatando, os discípulos do senhor Pinto da Costa aumentavam aquela vantagem para cinco pontos. Os jornalistas da especialidade proclamavam o relançamento do campeonato, depois do clube do Dr Rio ter aumentado a vantagem apenas para cinco em vez dos sete pontos possíveis. Creio que por simples erro de paralaxe. Porque, quanto ao jornalismo, este é, como se sabe, isento e de um rigor de meter inveja. Aos gestores públicos e ao ministro das finanças!
Depois ainda, a gente preocupa-se com aquilo que é problema e, quanto a isso, tranquilizei-me. Especialmente depois de ouvir um militar reintegrado, já aposentado - suponho que beneficiando de justissima pensão, embora curta! - indicar o futebol como a actividade mais exemplar que se desenvolve no país. Se assim é não vejo nenhumas razões para me preocupar, por mais apitos dourados que por aí haja e por mais cabeças que jornalistas sem escrúpulos possam atribuir-lhes. Como se os apitos alguma vez pudessem ter cabeça! Quando muito haverá cabeças a utilizar apitos e às vezes, como se sabe, até com muito pouca cabeça!
Antes da jornada do passado fim de semana, como constava dos jornais da especialidade, o Futebol Clube do Porto tinha quatro pontos de avanço sobre o segundo classificado. Este perdeu e, na segunda-feira, mesmo empatando, os discípulos do senhor Pinto da Costa aumentavam aquela vantagem para cinco pontos. Os jornalistas da especialidade proclamavam o relançamento do campeonato, depois do clube do Dr Rio ter aumentado a vantagem apenas para cinco em vez dos sete pontos possíveis. Creio que por simples erro de paralaxe. Porque, quanto ao jornalismo, este é, como se sabe, isento e de um rigor de meter inveja. Aos gestores públicos e ao ministro das finanças!
2 Comentários:
Na mouche.
Cumprimentos
Teofilo M.
Amigo Luis isto é a demonstração do rigor e isenção com que se norteiam os jornalistas desportivos. Mas diga-se em abono da verdade os outros são iguais embora noutras matérias. Daí o fenómeno sempre crescente do aumento de leitores de semanários e jornais
como vamos constatando. Um abraço do Raul
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