O regresso
Seja do que for ou seja de quem for o regresso acaba sempre por acontecer. Como uma fatalidade e com o presunçoso orgulho com que Fântomas regressa sempre ao local do crime para celebrar as proezas cometidas. Ainda mesmo sabendo que as estradas foram barradas, os polícias de folga convocados para o giro - quando havia polícias e folgas e giros! - e a matilha de cães solta a farejar montes, vales e bagageiras. Ninguém mais do que eu acredita no regresso e se afoita na desgraçada esperança com que o venera. Em cada manhã, quando me subtraio à morna preguiça dos lençóis - Lameirinho, para vossa informação! -, vou à janela na gorada expectativa de ver regressar o mártir pátrio D. Sebastião. Adulto, vitorioso e macho, com a espada embainhada e o sexo erecto. Sem viagra! E que vejo eu, míope ligeiro e de vista cansada de ver o que não devia? O regresso dos políticos à gamela e o dos bovinos aos corredores alcatifados do poder. E fica-me a conclusão silogística de que não há gamela que escape aos políticos nem trabalho político que se não agarre à rabiça do arado!
1 Comentários:
Grande ausência amigo Luis. Já tinha manifestado a minha preocupação pelo facto e dela feito referência. Mas está de volta e ainda bem, pois também sou dos que não dispensa a sua presença neste espaço. Com um abraço do Raul
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