Avelino: celebridade exemplar
O português é pobre, invejoso e canhestro. Já por mais que uma vez ouvi o ainda soba de Gondomar enaltecer as suas próprias capacidades como gestor polivalente de sucesso. Das batatas aos têxteis, dos clubes de futebol às autarquias, das ligas de futebol às dívidas ao fisco. Apenas Avelino está à sua altura e o mal que dele se diz é pura inveja, despeito de alcoólicos, desculpa de imbecis, contrição de quem não vai à missa e não ousa meter-se ao caminho em peregrinação a Fátima.
Com as ligações apenas disponíveis para pagantes, que José Manuel Fernandes não trabalha à borla e a televisão mal lhe dá para o marisco, o boletim oficial insere hoje algumas descabeladas ofensas a S. Avelino, entre elas esta:
Um cheque de 73 mil euros, datado de 5 de Novembro de 2002 e passado pela Câmara de Marco de Canavezes a um empreiteiro, entrou nas contas particulares de Maria Assunção, chefe de gabinete de Avelino Ferreira Torres. A situação já tinha sido denunciada por Gil Mendes, na mesma queixa que enviara à PGR e que está na origem da investigação na IGAT, tendo o autarca de Ariz juntado fotocópia do mesmo cheque. O que está em causa é a possibilidade de aquele e outros pagamentos da câmara a empreiteiros, na sequência de alegados créditos, poderem ter entrado nas contas particulares de pessoas próximas de Ferreira Torres. Ao longo da investigação, a PJ deparou-se com a falta de colaboração dos construtores civis, que assumem terem entregue os cheques da câmara à chefe de gabinete de Ferreira Torres, mas depois garantem que o fizeram porque o autarca lhes havia emprestado dinheiro. A PJ constituiu arguida Maria Assunção.
Não é preciso ter sido colega de Francisco Moita Flores nem na PJ, nem na escola, para sublinhar o conjunto de enormidades espelhado em tão curto e tão pobre texto. Nem tão pouco ter feito parte do conjunto de actores que desempenhou os personagens de A Ferreirinha que a querida televisão de serviço público já estreou para aí meia dúzia de vezes. Marco de Canavezes é famoso pelo vinho verde, por ser terra de Cármen Miranda e por ser ainda santuário dirigido superiormente por Avelino, a perfeita antítese de Gungunhana, na corpulência, na cor da pele, na suavidade dos processos e no arrazoado da ladainha.
Nunca lhe passaria pela cabeça ou pela biqueira do sapato apropriar-se de alguma coisa que lhe pertencesse. Quando invadiu o estádio, muito sensatamente baptizado com o seu nome, deu pontapés a coisas alheias mas que comprara com o seu dinheiro e que ofertara gratuitamente. Quando entrou no terreno de jogo fê-lo para proteger o árbitro da sua própria fúria, conduzindo-o pelo ombro ao balneário enquanto lhe segredava filhas da putice que o Senhor há-de desculpar-lhe porque o sabe um homem bom.
Tão bom como decorre da notícia inserta no boletim oficial. Não se limitava, pelos vistos, a ordenar que a câmara passasse cheques a empreiteiros para que, certamente com atraso, pudessem pagar-lhe os dinheiros que anteriormente lhes emprestara para o cimento, os copos e as putas. Ainda permitia que a sua chefe de gabinete os depositasse nas suas contas. A PJ constituiu-a arguida. Fez bem! Para que a tradição se mantenha é preciso que seja o mexilhão que se foda. E mesmo desempenhando um lugar dito de confiança política, está de ver que a chefe de gabinete anda pela idade da menopausa: não parece substituir Viagra nenhum!
Com as ligações apenas disponíveis para pagantes, que José Manuel Fernandes não trabalha à borla e a televisão mal lhe dá para o marisco, o boletim oficial insere hoje algumas descabeladas ofensas a S. Avelino, entre elas esta:
Um cheque de 73 mil euros, datado de 5 de Novembro de 2002 e passado pela Câmara de Marco de Canavezes a um empreiteiro, entrou nas contas particulares de Maria Assunção, chefe de gabinete de Avelino Ferreira Torres. A situação já tinha sido denunciada por Gil Mendes, na mesma queixa que enviara à PGR e que está na origem da investigação na IGAT, tendo o autarca de Ariz juntado fotocópia do mesmo cheque. O que está em causa é a possibilidade de aquele e outros pagamentos da câmara a empreiteiros, na sequência de alegados créditos, poderem ter entrado nas contas particulares de pessoas próximas de Ferreira Torres. Ao longo da investigação, a PJ deparou-se com a falta de colaboração dos construtores civis, que assumem terem entregue os cheques da câmara à chefe de gabinete de Ferreira Torres, mas depois garantem que o fizeram porque o autarca lhes havia emprestado dinheiro. A PJ constituiu arguida Maria Assunção.
Não é preciso ter sido colega de Francisco Moita Flores nem na PJ, nem na escola, para sublinhar o conjunto de enormidades espelhado em tão curto e tão pobre texto. Nem tão pouco ter feito parte do conjunto de actores que desempenhou os personagens de A Ferreirinha que a querida televisão de serviço público já estreou para aí meia dúzia de vezes. Marco de Canavezes é famoso pelo vinho verde, por ser terra de Cármen Miranda e por ser ainda santuário dirigido superiormente por Avelino, a perfeita antítese de Gungunhana, na corpulência, na cor da pele, na suavidade dos processos e no arrazoado da ladainha.
Nunca lhe passaria pela cabeça ou pela biqueira do sapato apropriar-se de alguma coisa que lhe pertencesse. Quando invadiu o estádio, muito sensatamente baptizado com o seu nome, deu pontapés a coisas alheias mas que comprara com o seu dinheiro e que ofertara gratuitamente. Quando entrou no terreno de jogo fê-lo para proteger o árbitro da sua própria fúria, conduzindo-o pelo ombro ao balneário enquanto lhe segredava filhas da putice que o Senhor há-de desculpar-lhe porque o sabe um homem bom.
Tão bom como decorre da notícia inserta no boletim oficial. Não se limitava, pelos vistos, a ordenar que a câmara passasse cheques a empreiteiros para que, certamente com atraso, pudessem pagar-lhe os dinheiros que anteriormente lhes emprestara para o cimento, os copos e as putas. Ainda permitia que a sua chefe de gabinete os depositasse nas suas contas. A PJ constituiu-a arguida. Fez bem! Para que a tradição se mantenha é preciso que seja o mexilhão que se foda. E mesmo desempenhando um lugar dito de confiança política, está de ver que a chefe de gabinete anda pela idade da menopausa: não parece substituir Viagra nenhum!
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