Estes gauleses são doidos
Três patrícios do Astérix, devoradores de javalis, terror dos romanos e bombeiros de profissão, meteram-se em boa. Tomaram a parte pelo todo e pensaram que em Coimbra, ontem, alguém decidira sobre qualquer tipo de solidariedade a prestar às diversas vítimas dos incêndios.
E se bem o pensaram, melhor o fizeram. Entraram de férias, envergaram as fardas, meteram o equipamento na mochila e rumaram a Portugal. Com ideias simples: só vinham para ajudar. Mas Portugal, desconheciam-no eles, é pobre, arde todos os anos um bocado para atestar a sucessiva incompetência dos governos, mas é senhor do seu nariz. Da mesma maneira que se marimba nos seus governos.
Daí que entrar em Portugal, simplesmente para ajudar, seja uma tarefa complicada. Caso se tivessem decidido pela invasão, tomar Almeida, descer ao Vale do Tejo e acampar em Almeirim, tudo teria sido mais fácil. Ter-lhes-ia sido servida uma saborosa sopa de pedra, secretos de porco preto com batatas fritas e salada de alface e, como sobremesa, o soberbo melão de casca amarela, importado da Andaluzia.
Assim não! Tiveram que exibir passaporte, invocar o embaixador, solicitar a presença do cônsul, exibir a mangueira e mostrar as luvas de trabalho, arranjar quem se responsabilizasse pela qualidade da sua ajuda. Exigiram-lhes licença de trabalho, mandaram-nos comprar um prontuário da língua portuguesa, remeteram-nos para uma escola a aprender português onde, como se sabe pelas estatísticas do ministério da educação, não terão sucesso. Finalmente o ministro Costa, por despacho, garantiu que havia meios suficientes e mandou que fossem recambiados. Tanto mais que já propôs a construção de um avião europeu que vai solucionar todos os incêndios, seja Verão ou seja Inverno. Que ele não brinca nem em serviço nem nas ausências e impedimentos do primeiro-ministro. Mesmo que seja para o nobre entretenimento de um qualquer safari africano!
E se bem o pensaram, melhor o fizeram. Entraram de férias, envergaram as fardas, meteram o equipamento na mochila e rumaram a Portugal. Com ideias simples: só vinham para ajudar. Mas Portugal, desconheciam-no eles, é pobre, arde todos os anos um bocado para atestar a sucessiva incompetência dos governos, mas é senhor do seu nariz. Da mesma maneira que se marimba nos seus governos.
Daí que entrar em Portugal, simplesmente para ajudar, seja uma tarefa complicada. Caso se tivessem decidido pela invasão, tomar Almeida, descer ao Vale do Tejo e acampar em Almeirim, tudo teria sido mais fácil. Ter-lhes-ia sido servida uma saborosa sopa de pedra, secretos de porco preto com batatas fritas e salada de alface e, como sobremesa, o soberbo melão de casca amarela, importado da Andaluzia.
Assim não! Tiveram que exibir passaporte, invocar o embaixador, solicitar a presença do cônsul, exibir a mangueira e mostrar as luvas de trabalho, arranjar quem se responsabilizasse pela qualidade da sua ajuda. Exigiram-lhes licença de trabalho, mandaram-nos comprar um prontuário da língua portuguesa, remeteram-nos para uma escola a aprender português onde, como se sabe pelas estatísticas do ministério da educação, não terão sucesso. Finalmente o ministro Costa, por despacho, garantiu que havia meios suficientes e mandou que fossem recambiados. Tanto mais que já propôs a construção de um avião europeu que vai solucionar todos os incêndios, seja Verão ou seja Inverno. Que ele não brinca nem em serviço nem nas ausências e impedimentos do primeiro-ministro. Mesmo que seja para o nobre entretenimento de um qualquer safari africano!
3 Comentários:
Vá lá que vinham ajudar a apagar, se fosse para ajudar a atear não seriam corridos…
blogquisto
Fossem gaulesas para uma casa de alterne, tinham uns meses de trabalho assegurado.
Com esta gente, a classe dirigente lusitana, «nada a fazer»
Mais um excelente :-)
AMNM
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