Só faltam 149.700!
Um país ridículo, como Portugal, só pode produzir fenómenos ridículos como o Entroncamento. E os acontecimentos, bem como os corsos e as celebrações, não serão nem autênticos, nem credíveis, se não carregarem esse inconfundível ADN da ridicularia.O telejornal da querida televisão de serviço público acaba de noticiar que um grupo internacional vai criar no país nada mais, nada menos que trezentos postos de trabalho. A cerimónia, naturalmente solene, teve a presença sorridente do primeiro-ministro do Entroncamento que garantiu que aqueles postos de trabalho serão prioritariamente preenchidos a partir das inscrições nos centros de emprego e que, mais do que isso, não serão 300 empregos quaisquer. Serão particularmente exigentes em termos de qualificações, formação e desempenho. Tanto que se calhar não haverá portugueses habilitados a preenchê-los, a menos que sejam portadores do cartão de sócio de um qualquer agrupamento que o mesmo primeiro-ministro subscreva na condição de presidente.
Uns meses atrás, se bem se recordam, o engenheiro Sócrates ameaçava criar 150.000 novos empregos em quatro anos. Está cumprido o primeiro segmento da promessa: conseguiu ver criados 300 em cerca de 4 meses. A este ritmo, se a aritmética não for uma batata, o objectivo do governo Sócrates será atingido dentro dos próximos 2.000 meses, um pouco mais de 166 anos e daqui a apenas 41 mandatos. De forma que fica o engenheiro Sócrates proibido de renunciar aos mandatos, fugir em consequência de desaires eleitorais - mesmo que seja a derrota de Valentim Loureiro em Gondomar e na Liga de futebol! -, frequentar mestrados e doutoramentos ou candidatar-se a deputado europeu como o Tozé. O Zé povinho deve ser autorizado a emigrar para países do terceiro mundo e até mesmo para a Madeira!


0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial