3 de abril de 2009

Barrososky

A crise, como se sabe, acentuou o trabalho precário. Com recibos verdes e contratos a prazo. As filas nascem pela madrugada às portas dos centros de emprego. À espera da esmola, diariamente chorada, do governo Sócrates. E à porta das instituições que vão distribuindo uma lata de caldo, um pouco mais para o meio da manhã.

A perspectiva do desemprego, da fila para entrega do formulário e da marmita para a sopa, afecta todos os que estão presos a vínculos laborais pouco consistentes, sejam eles quem forem. Está neste caso a brigada Sócrates que receia não ver renovado o seu contrato. O mesmo acontecendo com o José Manuel Barroso (permita-se-me um aparte que simule conhecimento de outras línguas: formerly Durão Barroso) cujo contrato caminha para o fim.

Previdente, o José Manuel tem uma página na internet onde vai fazendo pela vida, prometendo a felicidade plena aos europeus, caso venha a ser reconduzido no cargo que desempenha. Depois de, como se recordam, ter levado Portugal a ser, como é, um dos países mais desenvolvidos do mundo entre o Douro e o Mondego. Exactamente o mesmo que o treinador Queirós vem conseguindo com a selecção nacional de futebol, indiscutivelmente a melhor do Minho ao Algarve.

Mas, facto que comprova que a língua que mais se linguareja no país não é nem o português nem sequer o mirandês, Barroso esqueceu de todo a língua que o seu professor primário fez por lhe ensinar. Provavelmente a custo e, pelos vistos, inutilmente. A sua página tem versões em inglês, francês, alemão, espanhol, italiano e, pasme-se, polaco. Tendo Barroso adoptado o apelido Barrososky, segundo se presume. O que confirma que na União Europeia são iguais todos os estados membros, embora uns mais iguais do que outros. Neste caso aqueles que, obviamente, têm maior expressão demográfica. Era o que faltava este Portugalzinho ter os mesmos direitos da Alemanha. Ou aquela meia ilha do Mediterrâneo ter os mesmos deste Portugalzão, do Carlão Queirós e do Cristiano Ronaldão!

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