Coisas do futebol que não podem ser
De forma brilhante a selecção portuguesa de futebol sub 21 eliminou ontem a França na conquista de um lugar na fase final do europeu do próximo ano. O facto assume ainda maior relevância sabendo-se que Portugal iniciou a segunda mão da eliminatória em desvantagem, depois de dias antes ter perdido em casa o jogo da primeira mão. Foi bafejado pela fortuna? Naturalmente, como sempre acontece com os vencedores, que os não há sem sorte. E esta terá, ocasionalmente, começado por uma asneira do melhor jogador francês que acabou expulso – e bem expulso! – por ter agredido a pontapé um adversário.
Depois foi o suplício do prolongamento e a roleta das grandes penalidades onde a felicidade joga sempre cartada decisiva. Não temos de que nos queixar. Fomos felizes mas é também certo que a equipa trabalhou para que a sorte a bafejasse.
Depois, rapidamente, sem ainda ter sequer abandonado o estádio, o grupo virou de sub 21 a super vândalo. Destruindo, ao que foi noticiado, parte do balneário que utilizava. É lamentável a ocorrência? Claro que sim!
Mas, pior do que isso, inqualificável e inadmíssivel, foi a posição assumida pelo treinador que disse comprender a situação. E que os rapazes o tinham feito com a alegria da celebração da vitória, até porque o espaço do balneário era exíguo. Então compreenderá o treinador que a rapaziada o esfaqueia a ele e aos ajudantes, na euforia da vitória? Compreenderá ainda que os mesmos jogadores dispam o dirigente que acompanha a comitiva e lhe queimem a roupa e os sapatos e o vergastem? Compreenderá que, à chegada, agridam a pontapé todos os jornalistas que os aguardem? Que partam as tíbias das namoradas à canelada e lhes trinquem as línguas quando as beijam? Que cheguem à freguesia e apedrejem o presidente da junta que lhes preparou a recepção e o beberete?
Palavra de honra, Sr. José Romão! O senhor que até fala com certa desenvoltura quando se trata de falar do árbitro. Como é que, sendo assim, não consegue raciocinar nada de jeito? Não dá para compreender pois não?
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