Este país já não é um sítio
A custo contenho o grito que me apetece soltar: ó Joana, este sítio que é Portugal, perde estatuto a cada momento que passa. Já desceu ao nível de um canto perdido na obscuridade, onde os cães vadios olham para o lado e alçam a perna. Corre o risco breve de não ter lugar no mapa, mesmo como recôndita aldeia onde nem o Astérix se conformaria em viver. À conta de múltiplos álibis servidos à lista, como as pizzas nos sofríveis restaurantes da especialidade, vai-se rapidamente despovoando.
Espera, que eu já te digo. Não tarda nada e chega-se à conclusão de que o censo da população custou uma fortuna e não serviu para nada: não morava cá ninguém. Os contratados a recibo verde para recolherem os impressos andaram a entrevistar fantasmas e a terem miragens, com o deserto imenso que a ganza lhes abriu. Não houve nenhum D. Diniz, nem nenhuma rainha santa, nem nenhum pinhal. E, assim sendo, este nem sequer foi consumido pelos fogos de Verão, que também não houve. Vai dizer à D. Maria Pia que se equivocou, quando já estava morta, e não fundou coisa nenhuma.
Este é o canto do faz de conta, que ninguém faz e de que ninguém conta. Com que ninguém conta, também! Não há, não houve, nem haverá crianças, nem adolescentes, nem adultos. Soterrou-os a todos a violência de um sismo antes do Dr Monteiro o poder impedir por decreto, e com a inaudita violência de cinquenta Irões. Sem nenhum marquês à vista, mesmo sem neblina ou nevoeiro, que pudesse acorrer-lhes.
Se houvesse tudo isso ainda havíamos de querer ser um país e instituir uma sociedade civilizada, como ouvimos contar dos outros. Com um sistema de justiça e tudo, e é bem melhor que nem sequer ouçamos falar disso. Ainda acabamos a ter crianças que se aliam em tramoias para tomarem o poder, à base de mentiras diferentes das que proclamam aqueles que o exercem. Então é melhor não!
Espera, que eu já te digo. Não tarda nada e chega-se à conclusão de que o censo da população custou uma fortuna e não serviu para nada: não morava cá ninguém. Os contratados a recibo verde para recolherem os impressos andaram a entrevistar fantasmas e a terem miragens, com o deserto imenso que a ganza lhes abriu. Não houve nenhum D. Diniz, nem nenhuma rainha santa, nem nenhum pinhal. E, assim sendo, este nem sequer foi consumido pelos fogos de Verão, que também não houve. Vai dizer à D. Maria Pia que se equivocou, quando já estava morta, e não fundou coisa nenhuma.
Este é o canto do faz de conta, que ninguém faz e de que ninguém conta. Com que ninguém conta, também! Não há, não houve, nem haverá crianças, nem adolescentes, nem adultos. Soterrou-os a todos a violência de um sismo antes do Dr Monteiro o poder impedir por decreto, e com a inaudita violência de cinquenta Irões. Sem nenhum marquês à vista, mesmo sem neblina ou nevoeiro, que pudesse acorrer-lhes.
Se houvesse tudo isso ainda havíamos de querer ser um país e instituir uma sociedade civilizada, como ouvimos contar dos outros. Com um sistema de justiça e tudo, e é bem melhor que nem sequer ouçamos falar disso. Ainda acabamos a ter crianças que se aliam em tramoias para tomarem o poder, à base de mentiras diferentes das que proclamam aqueles que o exercem. Então é melhor não!
2 Comentários:
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