A independência para a ilha do Pessegueiro?
Há apenas dois ou três dias publicámos aqui um post com o título "Agora o problema do país é só a revisão constitucional". Sem vacilar: tínhamos razão e estávamos mais do que certos. Convém que o digamos claramente, para a eventualidade dos nossos dois ou três leitores habituais o não terem entendido assim. Mais: o problema passou a reclamar solução urgente, já em menos de cem dias, para no próximo dia 25 de Abril o Dr Mota Amaral poder misturá-la com os cravos vermelhos na mesa da Assembleia da República.
Por uma vez, e logo sobre um assunto desta importância, estamos de acordo com a ideia do Dr Portas e sobre a sua pretensão de ver a referência ao anti-colonialismo ser suprimida da constituição. Impondo que o país claramente se assuma como potência colonizadora que tem sido, aliás, a sua vocação histórica. E essa vocação, naturalmente, não sai prejudicada pelo facto de, entretanto, algumas colónias ter ascendido à condição de países soberanos. Não foi pelo facto de se ter perdido a Índia que as tripas à moda do Porto deixaram de condimentar-se com os cominhos e o cravinho.
Agora o que não está certo é a constituição dizer-nos país anti-colonialista e depois, à vista de todos, continuarmos a ocupar os Açores, a Madeira, as Berlengas e até a ilha do Pessegueiro. Mantendo governadores gerais, reservando os melhores lugares para os colonos e seus descendentes e, até, dificultando que os naturais ascendam como deveriam às equipas principais dos clubes que disputam as competições nacionais de futebol. A revisão da constituição deve ainda incluir a referência essencial à nação una e indivisível, do Minho à ilha do Corvo.
As forças independentistas agitam-se e movem-se no terreno cada vez com maiores apoios. Receia-se mesmo que, a curto prazo, possam desencadear-se nas colónias novas guerras de libertação, com as que houve em África. As Canárias, ao que consta, celebraram já um secreto acordo de princípios com a Madeira, representada pelo rebelde Alberto João. Que claramente se confessa cada vez com menos pachorra para aturar este Estado e por isso querer uma autonomia mais avançada, para que os senhores de lá - que são os do Terreiro do Paço e do Intendente - não se incomodarem connosco e nós - os do Curral das Freiras e do Pico do Arieiro - não nos incomodarmos com eles. São duas civilizações diferentes. Uma é inca e a outra claramente mesopotâmica.
Claro que nos arriscamos a perder os ananases dos Açores, muito apreciados nos gelados de Verão, e as bananas da Madeira, muito pouco ou nada apreciadas em qualquer época do ano. As Berlengas farão cair drasticamente a nossa produção de excrementos de gaivota e a costa vicentina deixará de ter o pessêgo ao preço da uva mijona. A menos que rapidamente se altere a constituição e o Dr Portas, mandatado pelo Dr Barroso - porque o respeito é que lhe assegura o emprego! - mande a tropa fandanga de voluntários para a Madeira, depressa e em força! Como noutra época marchou para Angola.
Por uma vez, e logo sobre um assunto desta importância, estamos de acordo com a ideia do Dr Portas e sobre a sua pretensão de ver a referência ao anti-colonialismo ser suprimida da constituição. Impondo que o país claramente se assuma como potência colonizadora que tem sido, aliás, a sua vocação histórica. E essa vocação, naturalmente, não sai prejudicada pelo facto de, entretanto, algumas colónias ter ascendido à condição de países soberanos. Não foi pelo facto de se ter perdido a Índia que as tripas à moda do Porto deixaram de condimentar-se com os cominhos e o cravinho.
Agora o que não está certo é a constituição dizer-nos país anti-colonialista e depois, à vista de todos, continuarmos a ocupar os Açores, a Madeira, as Berlengas e até a ilha do Pessegueiro. Mantendo governadores gerais, reservando os melhores lugares para os colonos e seus descendentes e, até, dificultando que os naturais ascendam como deveriam às equipas principais dos clubes que disputam as competições nacionais de futebol. A revisão da constituição deve ainda incluir a referência essencial à nação una e indivisível, do Minho à ilha do Corvo.
As forças independentistas agitam-se e movem-se no terreno cada vez com maiores apoios. Receia-se mesmo que, a curto prazo, possam desencadear-se nas colónias novas guerras de libertação, com as que houve em África. As Canárias, ao que consta, celebraram já um secreto acordo de princípios com a Madeira, representada pelo rebelde Alberto João. Que claramente se confessa cada vez com menos pachorra para aturar este Estado e por isso querer uma autonomia mais avançada, para que os senhores de lá - que são os do Terreiro do Paço e do Intendente - não se incomodarem connosco e nós - os do Curral das Freiras e do Pico do Arieiro - não nos incomodarmos com eles. São duas civilizações diferentes. Uma é inca e a outra claramente mesopotâmica.
Claro que nos arriscamos a perder os ananases dos Açores, muito apreciados nos gelados de Verão, e as bananas da Madeira, muito pouco ou nada apreciadas em qualquer época do ano. As Berlengas farão cair drasticamente a nossa produção de excrementos de gaivota e a costa vicentina deixará de ter o pessêgo ao preço da uva mijona. A menos que rapidamente se altere a constituição e o Dr Portas, mandatado pelo Dr Barroso - porque o respeito é que lhe assegura o emprego! - mande a tropa fandanga de voluntários para a Madeira, depressa e em força! Como noutra época marchou para Angola.
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