2 de abril de 2004

Hospitais – Demagogia e Manipulação, SA

O assunto é recorrente. Apenas porque a falta de pudor e de vergonha chegou a pontos que nunca, anteriormente, foi sequer possível imaginar. O que denota, desde logo, a capacidade do empregado do grupo Mello, transitoriamente desempenhando o cargo de ministro da saúde, para o exercício da política com cartão de sócio.

Hoje, de novo, há páginas inteiras de publicidade paga inserta nos jornais diários. Há dinheiro para esbanjar em proveito pessoal do ministro. Embora não haja dinheiro para que o ministro mande pagar os muitos calotes que o seu ministério herdou, mais aqueles que ele lhes acrescentou desde que tomou posse. Parece que o dinheiro sobra naquele que é o mais vergonhoso sistema de saúde da Europa, onde não há enfermeiros, nem médicos, nem centros de saúde, nem hospitais que, pelo menos, assegurem cuidados primários decentes.

O desempenho das sociedades avalia-se pelas contas que apresentam. Certificadas por entidade independente, por causa da fraude que, nos tempos que correm, eufemisticamente, vem sendo designada por criatividade. Em vez disso o ministério publica dois curtos quadros, de que constam dezasseis números, mais um gráfico que exibe quatro barras. Sem nenhum significado e, pior do que isso, sem nenhum tipo de credibilidade.

O Zé Povinho, naturalmente, paga. Enquanto não morre, à míngua de assistência. Com o ministro, alegremente, a publicar anúncios de página inteira e a olhar para o umbigo. Que, enlevada, a ministra das finanças olha de soslaio. Com um cínico sorriso de aprovação!

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