João Soares em bicos de pés

Ontem, numa longa entrevista concedida ao jornal de José Manuel Fernandes volta a subir para o banquinho e a tirar a cabeça de fora, reafirmando a mesma disponibilidade. Porque, diz, o partido a que pertence não tem tido nem ideias nem projectos para o país. Não os enumera, logicamente. Não se pode arrolar para a lavandaria a roupa que se não possui. Mas, do seu lado, as coisas mudam.
Candidata-se porque, segundo diz, é um homem de confiança. Que naturalmente se dispõe a conduzir homens e mulheres que, obviamente, o não são. Mas também só a ele, e até agora, o ouvi dizê-lo. E todos dizem de si próprios rigorosamente a mesma coisa. É assim um tipo de elogio em boca própria a que vulgarmente chamam vitupério.
Contrapõe ao passado e ao presente as suas ideias e o seu projecto que diz que os outros não têm tido. E não vai mais adiante. Nem como uma ideia, nem com nenhum projecto. Igualzinho não apenas ao seu partido mas ao espectro político completo: o vácuo! O vazio de todo. Salvo a experiência anterior que aponta: esteve doze anos na Câmara Municipal de Lisboa. Cuja presidência, recorde-se, herdou de Jorge Sampaio quando este foi eleito para a Presidência da República. Sem nenhumas eleições.
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