O estranho caso das cassetes piratas
A comunicação social tem tido motivo para os títulos bombásticos e a necessidade de comprar uma fita métrica mais comprida, para medir as audiências, está certamente por um fio. De prumo. Um juiz desembargador foi embargado. Mesmo não se demitindo nem sendo demitido, cessou funções. Não é terminologia nova, é linguarejo nortenho. Como picheleiro, trolha e cimbalino. Que o ministro é do Porto, carago
Mais preocupante do que o roubo é o prejuízo. Ainda não ouvi dizer quantas cassetes foram. Mas esta manhã ouvi falar de mais de cinquenta CD's, um deles de experiência. Na rádio, enquanto pico no teclado, ouço Caetano Veloso. Deve ter sido pedido pelas gajas da glória barata. Adiante. Aquilo não foi roubado de uma redacção de jornal mas de uma editora multinacional. Tipo movieplay ou emi ou vidisco, sei lá. Mas era uma indústria! O lançamento? Para aí na feira da Vandoma, sábado, às três da madrugada. Enquanto os polícias dormem a sono solto que a hora não é nem de fazer filhos. Sem autógrafos e sem factura como queria aquela ministra das finanças, para reduzir o défice do orçamento.
O que se espera? A corrida desesperada aos leitores de cassetes e de CD's. Como às ventoínhas nos dias passados, de trinta e cinco graus à sombra e quando ainda havia serra do caldeirão para arder. Vão subir os preços e vender-se todos os trastes e se não, esperem, a ver se o economista de serviço o não vem anunciar. Os stocks vão esgotar-se rapidamente como se estivesse a vender-se camarão de Moçambique a cinco milreis, com uma laurentina de brinde por cada quilo. Ó amigo moçambicano - que a gente é da terra onde vive! - faça-o por mim, vá ao Alto Maé, passe pela Imperial, deite abaixo um prato deles e uma de litro. Sim, estupidamente, como o calor reclama e o Chico recomenda. A gente não se conhece, mas um dia pago-lhe. E agradeço-lhe, que isto é favor de monta, mesmo pagando.
Ah! Quanto às cassetes. Vão aparecer todas, trezentas e cinquenta e oito, marca TDK, de sessenta minutos cada uma, com as gravações intactas e perfeitamente audíveis. A título de garantia de autenticidade e certificado de origem. Vai ter é de investigar-se se foram ou não ouvidas. Se o gajo que as trouxer não quiser falar voluntariamente, usam-se métodos da GNR. À cachaporra. Até o gajo confessar que estão todas, não falta nenhuma, ninguém as ouviu, ninguém sabe que merdas lá estão gravadas e ninguém tinha sequer leitor de CD's. Afinal talvez o desembargador não precise de ser aposentado compulsivamente.
Mais preocupante do que o roubo é o prejuízo. Ainda não ouvi dizer quantas cassetes foram. Mas esta manhã ouvi falar de mais de cinquenta CD's, um deles de experiência. Na rádio, enquanto pico no teclado, ouço Caetano Veloso. Deve ter sido pedido pelas gajas da glória barata. Adiante. Aquilo não foi roubado de uma redacção de jornal mas de uma editora multinacional. Tipo movieplay ou emi ou vidisco, sei lá. Mas era uma indústria! O lançamento? Para aí na feira da Vandoma, sábado, às três da madrugada. Enquanto os polícias dormem a sono solto que a hora não é nem de fazer filhos. Sem autógrafos e sem factura como queria aquela ministra das finanças, para reduzir o défice do orçamento.
O que se espera? A corrida desesperada aos leitores de cassetes e de CD's. Como às ventoínhas nos dias passados, de trinta e cinco graus à sombra e quando ainda havia serra do caldeirão para arder. Vão subir os preços e vender-se todos os trastes e se não, esperem, a ver se o economista de serviço o não vem anunciar. Os stocks vão esgotar-se rapidamente como se estivesse a vender-se camarão de Moçambique a cinco milreis, com uma laurentina de brinde por cada quilo. Ó amigo moçambicano - que a gente é da terra onde vive! - faça-o por mim, vá ao Alto Maé, passe pela Imperial, deite abaixo um prato deles e uma de litro. Sim, estupidamente, como o calor reclama e o Chico recomenda. A gente não se conhece, mas um dia pago-lhe. E agradeço-lhe, que isto é favor de monta, mesmo pagando.
Ah! Quanto às cassetes. Vão aparecer todas, trezentas e cinquenta e oito, marca TDK, de sessenta minutos cada uma, com as gravações intactas e perfeitamente audíveis. A título de garantia de autenticidade e certificado de origem. Vai ter é de investigar-se se foram ou não ouvidas. Se o gajo que as trouxer não quiser falar voluntariamente, usam-se métodos da GNR. À cachaporra. Até o gajo confessar que estão todas, não falta nenhuma, ninguém as ouviu, ninguém sabe que merdas lá estão gravadas e ninguém tinha sequer leitor de CD's. Afinal talvez o desembargador não precise de ser aposentado compulsivamente.
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