A eleição da esquerda moderna ou isso
Ao que parece, porque o responsável do site do Partido Socialista está de fim de semana para um qualquer monte alentejano e este não foi actualizado, cerca de 30.000 militantes elegeram ontem, após dois dias de votação, o seu novo secretário geral. A percentagem de votantes em relação ao número de militantes inscritos não chega a cinquenta por cento, o que significa que a eleição, à semelhança dos referendos, não será moralmente vinculativa.
Depois, mesmo os cerca de 70.000 militantes do Partido Socialista não têm, relativamente ao universo do eleitorado, representatividade significativa: nunca ultrapassarão um por cento. E os trinta mil que agora votaram em Sócrates, Alegre e Soares Filho não representarão sequer meio por cento da totalidade do mesmo eleitorado. O que, em termos práticos, significa linearmente que meio por cento dos eleitores impõe o cabeça de lista que, usualmente, é chamado a formar governo no caso do seu partido sair vencedor do acto eleitoral. Deixemos de parte a conversa estafada, demagógica e trapaceira de haver candidatos a primeiro-ministro, um cargo para que nunca, nesta dita segunda república, houve eleições.
Mais de 20.000 militantes que votaram em Sócrates - um nome que é herança grega ou imitação de futebolista brasileiro - aprestam-se, em bicos de pés, para apresentar a factura. Não deixa de ser significativo o facto de, em Matosinhos, Manuel Seabra e Narciso Miranda se terem encontrado no momento da votação. E a facilidade democrática com que este afirma que continuará a ser presidente da câmara, quer o partido socialista queira, quer não queira. Depois do mesmo partido, em resultado de inquérito que promoveu tarde, por via sinuosa e a más horas, ter anunciado que nenhum deles seria candidato.
A lavagem está em marcha. Basta aguardar pelos resultados. É o sistema, como berra Dias da Cunha, que ontem, sem berros, apareceu para a vénia e para os cumprimentos. Mas que o sistema não convence, lá isso não. Um número muito mais elevado de cidadãos fez do Zé Maria vencedor do Big Brother. Também poderia ter feito dele primeiro-ministro!
Depois, mesmo os cerca de 70.000 militantes do Partido Socialista não têm, relativamente ao universo do eleitorado, representatividade significativa: nunca ultrapassarão um por cento. E os trinta mil que agora votaram em Sócrates, Alegre e Soares Filho não representarão sequer meio por cento da totalidade do mesmo eleitorado. O que, em termos práticos, significa linearmente que meio por cento dos eleitores impõe o cabeça de lista que, usualmente, é chamado a formar governo no caso do seu partido sair vencedor do acto eleitoral. Deixemos de parte a conversa estafada, demagógica e trapaceira de haver candidatos a primeiro-ministro, um cargo para que nunca, nesta dita segunda república, houve eleições.
Mais de 20.000 militantes que votaram em Sócrates - um nome que é herança grega ou imitação de futebolista brasileiro - aprestam-se, em bicos de pés, para apresentar a factura. Não deixa de ser significativo o facto de, em Matosinhos, Manuel Seabra e Narciso Miranda se terem encontrado no momento da votação. E a facilidade democrática com que este afirma que continuará a ser presidente da câmara, quer o partido socialista queira, quer não queira. Depois do mesmo partido, em resultado de inquérito que promoveu tarde, por via sinuosa e a más horas, ter anunciado que nenhum deles seria candidato.
A lavagem está em marcha. Basta aguardar pelos resultados. É o sistema, como berra Dias da Cunha, que ontem, sem berros, apareceu para a vénia e para os cumprimentos. Mas que o sistema não convence, lá isso não. Um número muito mais elevado de cidadãos fez do Zé Maria vencedor do Big Brother. Também poderia ter feito dele primeiro-ministro!
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