3 de novembro de 2004

Sem surpresas

Sem surpresas George W. Bush acaba reeleito para um segundo mandato de 4 anos à frente dos destinos do Estados Unidos da América. O que daí resulta para o resto do mundo, e particularmente para a Europa, é a maior dependência ou a progressiva colonização a que continuarão sujeitos.

Não deixa de ser sintomático que apenas nos Estados Unidos Bush conseguisse ser eleito. Como é ainda muito mais sintomático que apenas ali as eleições se disputassem. A clareza do sistema ou a falta dela, a sinuosidade das regras, as contradições, o que poderia ter sido, são questões que deixaram de ter interesse.

Quanto ao resto, a antena continua ocupada pelos papagaios de serviço, analistas encartados, portadores de mestrados e licenciaturas. Mastigando as palavras à míngua de sono e à falta de repouso, fizeram previsões, apostaram numa montada, perderam na escolha, exprimem justificações e falam incontornavelmente na estratégia. Contorcendo-se para que caibam no molde e lhes sirva o sapatinho de cristal que a Cinderela perdeu na pressa da retirada.

Em três linhas, simples e lineares, Nuno Guerreiro diz tudo. Nenhuma sondagem se pode confundir com nenhum resultado, nenhuma sondagem tem satisfatória credibilidade. Nenhuma sondagem é mais do que um rudimentar e grosseiro indicador. Culpa tem quem por simples razões de negócio as impinge como sendo mais do que isso. Mas a ética é um dos princípios do tempo dos dinossauros de que nem sequer os fósseis chegaram até nós!

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