Sport Comércio e Salgueiros
O Sport Comércio e Salgueiros, o velho e respeitável Salgueiral, é uma histórica instituição da cidade. Pertence-lhe, faz parte do seu património. No âmbito desportivo, a par do Futebol Clube do Porto, do Boavista, dos Passarinhos da Ribeira. Sem ter sido campeão europeu, sem ter ganho competições da Uefa, sem se ter sagrado alguma vez campeão nacional. A nível da cidade é um monumento, de granito talhado à mão, escurecido pelo tempo e pelos muitos invernos que viu passar, desde que foi fundado em 1911.
São de drama os tempos que o Salgueiros atravessa. Despromovido à divisão de honra , foi esta época relegado para a segunda divisão B, zona norte. Ao que parece por não ter a sua situação regularizada perante as entidades oficiais e perante a Liga de Futebol profissional, sendo certo que esta, cuidadosamente, se manteve calada. Mesmo quando o seu presidente persiste em chamar indústria ao que os adeptos julgam desporto e se sabe que todos os clubes, sem excepção, estão carregados de dívidas e não são instituições em que possa confiar-se.
O início de época do Salgueiros, na segunda divisão B, tem sido trágico. Perdeu os primeiros nove jogos, marcou cinco golos, sofreu trinta e sete, não amealhou um único ponto. No último domingo, em casa, foi goleado por dez a zero pelo Vizela. Entretanto, há dias, uma assembleia geral destituiu o presidente da Direcção, José António Linhares, e convocou eleições para o dia 12 deste mês. Constituiu-se depois uma comissão administrativa que conduzisse a agremiação até às eleições.
Hoje o presidente destituído, pela manhã, ocupou as instalações do popular clube de Paranhos. Dizem uns que lá se barricou e que se recusa a abandonar o lugar. Ele, por si, diz apenas estar no desempenho das suas funções e que assegura que será reeleito no dia 12. O que não deixa de ser um claro e surpreendente acto de acrisolado clubismo e de nobre filantropia por parte do senhor Linhares. Especialmente quando o clube soma nove derrotas em nove jogos e possui - ou possuía! - um incalculável património imobiliário em Vidal Pinheiro. Em terrenos livres para a construção de largos milhões de contos de edifícios. Pelo menos deixa que pensar. Enquanto, à cautela, a polícia se mantém na Rua de Álvares Cabral, em frente à sede da colectividade.
E nós? E os adeptos, os sócios, os simpatizantes, os admiradores? As estruturas do futebol-indústria, os saudosistas do futebol-desporto, os presidentes de junta, os deputados municipais, a vereação? Todos calados, com o rabo entre as pernas, vamos desempenhar as funções de gatos-pingados e enterrar o Salgueiros em campa rasa? E mandar rezar-lhe a missa do sétimo dia? Para que repouse em paz?
São de drama os tempos que o Salgueiros atravessa. Despromovido à divisão de honra , foi esta época relegado para a segunda divisão B, zona norte. Ao que parece por não ter a sua situação regularizada perante as entidades oficiais e perante a Liga de Futebol profissional, sendo certo que esta, cuidadosamente, se manteve calada. Mesmo quando o seu presidente persiste em chamar indústria ao que os adeptos julgam desporto e se sabe que todos os clubes, sem excepção, estão carregados de dívidas e não são instituições em que possa confiar-se.
O início de época do Salgueiros, na segunda divisão B, tem sido trágico. Perdeu os primeiros nove jogos, marcou cinco golos, sofreu trinta e sete, não amealhou um único ponto. No último domingo, em casa, foi goleado por dez a zero pelo Vizela. Entretanto, há dias, uma assembleia geral destituiu o presidente da Direcção, José António Linhares, e convocou eleições para o dia 12 deste mês. Constituiu-se depois uma comissão administrativa que conduzisse a agremiação até às eleições.
Hoje o presidente destituído, pela manhã, ocupou as instalações do popular clube de Paranhos. Dizem uns que lá se barricou e que se recusa a abandonar o lugar. Ele, por si, diz apenas estar no desempenho das suas funções e que assegura que será reeleito no dia 12. O que não deixa de ser um claro e surpreendente acto de acrisolado clubismo e de nobre filantropia por parte do senhor Linhares. Especialmente quando o clube soma nove derrotas em nove jogos e possui - ou possuía! - um incalculável património imobiliário em Vidal Pinheiro. Em terrenos livres para a construção de largos milhões de contos de edifícios. Pelo menos deixa que pensar. Enquanto, à cautela, a polícia se mantém na Rua de Álvares Cabral, em frente à sede da colectividade.
E nós? E os adeptos, os sócios, os simpatizantes, os admiradores? As estruturas do futebol-indústria, os saudosistas do futebol-desporto, os presidentes de junta, os deputados municipais, a vereação? Todos calados, com o rabo entre as pernas, vamos desempenhar as funções de gatos-pingados e enterrar o Salgueiros em campa rasa? E mandar rezar-lhe a missa do sétimo dia? Para que repouse em paz?
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial