À descoberta do Porto
Todos os dias, religiosamente de domingo a sábado, compro o jornal cujo título não quero revelar. Por duas razões fundamentais, a primeira e a segunda. Sendo que em nenhuma delas está contemplada a manutenção do posto de trabalho do respectivo director, o regresso de Paulo Portas às funções de patrão de costa do partido em que milita ou sequer o triunfo da OPA - oferta pública de aquisição, para os especialistas distraídos! - de Belmiro de Azevedo sobre o capital da Portugal Telecom - PT, para os inveterados utilizadores da linguagem cifrada.
Ao domingo, também religiosamente, do primeiro ao último de cada mês, compro adicionalmente o jornal que Joaquim Oliveira adquiriu à custa de espalhar paineis publicitários pelos estádios de futebol e da descida de divisão do Penafiel a que preside o seu irmão António. Faço-o, surpreendentemente, também por duas razões fundamentais. Que, para surpresa completa, são ainda a primeira e a segunda. Sendo que na segunda se não contempla a rentabilidade - ou rendabilidade, ou rendibilidade, ou etc. - dos anúncios à linha, o rocambolesco das ligações amorosas do senhor Pinto da Costa ou, sequer, a desova da lampreia e o seu fim no prato dos apreciadores, em calda à bordalesa.
A primeira, resumindo e sintetizando, é apenas uma. Mesmo que para aí se diga, como nos tempos de el-rei D. Manuel I, que não há uma sem duas. E esta é, apenas, a deliciosa página a que o senhor Germano Silva empresta a lucidez da sua prosa, o fruto da sua investigação e a densidade dos seus conhecimentos sobre a cidade do Porto. E para que não sobrem dúvidas de que daqui, de facto, houve nome Portugal, atentem no mimo que transcrevo da página de hoje.
D. João III instituiu no Porto o cargo de "pai dos meninos" e encerregou determinado cidadão do desempenho dessa missão que consistia em "olhar pelos moços vadios e lhes dar amos que os tomassem à sua conta e a quem eles servissem". O tal cidadão dispunha de uma verba para ser aplicada na alimentação dos moços enquanto não lhes fosse encontrado amo. Ao rei constou, entretanto, que o "pai dos meninos comia o mantimento" e nada fazia em prol dos vadios e mandou que para aquelas funções "se indicasse um oficial mecânico que teria o encargo de cuidar dos enjeitados que aparecessem"...
Como se vê, também nisto, a fama já vem de longe como a do brandy cujo nome me não ocorre. E o proveito, infelizmente, também. Sendo que aqui me ocorrem tantos nomes que não quero ser injusto deixando algum sem referência expressa. Apenas por essa razão me excuso a enumerá-los nominativamente. Que cada um adicione ao rol os nomes do seu conhecimento ou da sua preferência. Democraticamente!
Ao domingo, também religiosamente, do primeiro ao último de cada mês, compro adicionalmente o jornal que Joaquim Oliveira adquiriu à custa de espalhar paineis publicitários pelos estádios de futebol e da descida de divisão do Penafiel a que preside o seu irmão António. Faço-o, surpreendentemente, também por duas razões fundamentais. Que, para surpresa completa, são ainda a primeira e a segunda. Sendo que na segunda se não contempla a rentabilidade - ou rendabilidade, ou rendibilidade, ou etc. - dos anúncios à linha, o rocambolesco das ligações amorosas do senhor Pinto da Costa ou, sequer, a desova da lampreia e o seu fim no prato dos apreciadores, em calda à bordalesa.
A primeira, resumindo e sintetizando, é apenas uma. Mesmo que para aí se diga, como nos tempos de el-rei D. Manuel I, que não há uma sem duas. E esta é, apenas, a deliciosa página a que o senhor Germano Silva empresta a lucidez da sua prosa, o fruto da sua investigação e a densidade dos seus conhecimentos sobre a cidade do Porto. E para que não sobrem dúvidas de que daqui, de facto, houve nome Portugal, atentem no mimo que transcrevo da página de hoje.
D. João III instituiu no Porto o cargo de "pai dos meninos" e encerregou determinado cidadão do desempenho dessa missão que consistia em "olhar pelos moços vadios e lhes dar amos que os tomassem à sua conta e a quem eles servissem". O tal cidadão dispunha de uma verba para ser aplicada na alimentação dos moços enquanto não lhes fosse encontrado amo. Ao rei constou, entretanto, que o "pai dos meninos comia o mantimento" e nada fazia em prol dos vadios e mandou que para aquelas funções "se indicasse um oficial mecânico que teria o encargo de cuidar dos enjeitados que aparecessem"...
Como se vê, também nisto, a fama já vem de longe como a do brandy cujo nome me não ocorre. E o proveito, infelizmente, também. Sendo que aqui me ocorrem tantos nomes que não quero ser injusto deixando algum sem referência expressa. Apenas por essa razão me excuso a enumerá-los nominativamente. Que cada um adicione ao rol os nomes do seu conhecimento ou da sua preferência. Democraticamente!
1 Comentários:
Constantino. O Brandy era o Constantino.
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