Palhaços
Neste país à beira mar plantado não basta falar em palhaços, é preciso enumerá-los, tão amplas são as possibilidades de escolha. Nisso o país é líder: tem-nos nos mais variados sectores, com a maior diversidade de habilitações, em todos os escalões etários. No activo ou na reforma, beneficiando de pensões avultadas e, regra geral, cobrando honorários que o público desconhece, por modéstia envergonhada dos beneficiários.
A federação de futebol tem nos últimos tempos sido palco das maiores e mais surrealistas palhaçadas que alguém possa imaginar. Primeiro com todas as cenas da novela, ainda incompleta, do despedimento do senhor Queirós, ele próprio um talentoso actor cujo percurso lhe tem garantido elogios, encómios e condecorações. Do pugilato ao insulto, da arrogância à ganância, do convencimento à mediocridade, nada tem faltado. Tudo regado a champanhe genuíno e pago a centenas de milhares de euros, como o prémio recebido pelo apuramento da seleção nacional para os oitavos de final do mundial deste ano. Para onde foi apurado sem ele próprio ainda saber como e depois de disputar 3 jogos, empatado 2 sem golos e goleado uma Coreia onde cada jogador é especialista em energia nuclear. E finalmente, e com orgulho, ter sido abatido por Espanha, por um golo convenientemente dito em fora de jogo. Por aquela que viria a ser a campeã, sem contestação e sem que nenhuma outra a tivesse superado.
Agora, e mais recentemente, a sequência representada pelo grotesto Madail, ao ter ido convidar o treinador Mourinho para um emprego a prazo certo e tempo parcial, sabendo-o contratualmente vinculado por um compromisso válido por alguns anos. Desde logo passando atestado de superior incompetência aos treinadores disponíveis no país e lutando, ele próprio, pela sobrevivência num cargo onde, de há muito, superou todos os conhecidos princípios de Peter, viajando em primeira classe e bebendo sumos escoceses de 20 anos. O senhor Mourinho pode ter muitos defeitos, mas não é burro e é mais arguto numa hora, a dormir, do que o senhor Madail, acordado, o dia todo. Tanto assim que foi adiantando que fazia o trabalho de borla e nem sequer queria que lhe pagassem o passe social da Carris. Mas que, é claro, tinha um patrão que lhe pagava o salário mínimo, com direito a cama, mesa e roupa lavada...
E regressou a Lisboa, enquanto aprontam o novo aeroporto de Alcochete e enfiam na cabeça o barrete verde, ao mesmo tempo que o engenheiro Sócrates conclui, num domingo à tarde, que é melhor investir no TGV para o Montijo do que ter o dinheiro a prazo no banco do detido Oliveira e Costa. Dizendo que tudo se mantinha em aberto, excepção feita ao que já estava fechado. Telefonou ao patrão do senhor Mourinho, mas apenas para lhe perguntar pela família e para saber como ia o CR7 no negócio das galdérias. E, por falar em galdérias, lembrou-se da salada de frutas e esqueceu-se do contrato a tempo parcial proposto ao senhor Mourinho. Que, ao que parece, sobra agora para o voluntarioso Paulo Bento, ao preço da uva mijona e do apelidado rendimento social de inserção...
A federação de futebol tem nos últimos tempos sido palco das maiores e mais surrealistas palhaçadas que alguém possa imaginar. Primeiro com todas as cenas da novela, ainda incompleta, do despedimento do senhor Queirós, ele próprio um talentoso actor cujo percurso lhe tem garantido elogios, encómios e condecorações. Do pugilato ao insulto, da arrogância à ganância, do convencimento à mediocridade, nada tem faltado. Tudo regado a champanhe genuíno e pago a centenas de milhares de euros, como o prémio recebido pelo apuramento da seleção nacional para os oitavos de final do mundial deste ano. Para onde foi apurado sem ele próprio ainda saber como e depois de disputar 3 jogos, empatado 2 sem golos e goleado uma Coreia onde cada jogador é especialista em energia nuclear. E finalmente, e com orgulho, ter sido abatido por Espanha, por um golo convenientemente dito em fora de jogo. Por aquela que viria a ser a campeã, sem contestação e sem que nenhuma outra a tivesse superado.
Agora, e mais recentemente, a sequência representada pelo grotesto Madail, ao ter ido convidar o treinador Mourinho para um emprego a prazo certo e tempo parcial, sabendo-o contratualmente vinculado por um compromisso válido por alguns anos. Desde logo passando atestado de superior incompetência aos treinadores disponíveis no país e lutando, ele próprio, pela sobrevivência num cargo onde, de há muito, superou todos os conhecidos princípios de Peter, viajando em primeira classe e bebendo sumos escoceses de 20 anos. O senhor Mourinho pode ter muitos defeitos, mas não é burro e é mais arguto numa hora, a dormir, do que o senhor Madail, acordado, o dia todo. Tanto assim que foi adiantando que fazia o trabalho de borla e nem sequer queria que lhe pagassem o passe social da Carris. Mas que, é claro, tinha um patrão que lhe pagava o salário mínimo, com direito a cama, mesa e roupa lavada...
E regressou a Lisboa, enquanto aprontam o novo aeroporto de Alcochete e enfiam na cabeça o barrete verde, ao mesmo tempo que o engenheiro Sócrates conclui, num domingo à tarde, que é melhor investir no TGV para o Montijo do que ter o dinheiro a prazo no banco do detido Oliveira e Costa. Dizendo que tudo se mantinha em aberto, excepção feita ao que já estava fechado. Telefonou ao patrão do senhor Mourinho, mas apenas para lhe perguntar pela família e para saber como ia o CR7 no negócio das galdérias. E, por falar em galdérias, lembrou-se da salada de frutas e esqueceu-se do contrato a tempo parcial proposto ao senhor Mourinho. Que, ao que parece, sobra agora para o voluntarioso Paulo Bento, ao preço da uva mijona e do apelidado rendimento social de inserção...
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