13 de janeiro de 2004

O Bartoon do Luís Afonso

Somos um povo pacífico, de brandos costumes. Já nem por nos insultarem a mãe andamos para aí à cachaporrada, como no tempo do Afonso Henriques. O Euro 2004 não vai ser um campeonato de porrada em que os vencidos de cada combate, com pernas partidas, braços torcidos, cabeças abertas e olhos vazados vão precisar de urgente assistência hospitalar ou de corredores de bus para os aeroportos. Além disso, disse-o e está farto de o repetir o Sr ministro da saúde, as listas de espera foram extintas. Metade por morte, metade por decreto. Sendo assim, é de muito mau gosto essa dos hospitais e das outras infra-estruturas. A menos que sejamos vencedores, o que pode complicar as coisas. Com a alegria, com a euforia e com um copito a mais, somos indomáveis. Partimos tudo à volta e muitas vezes nos magoamos. Como aconteceu com os miúdos, em França. Mas isso são contas de outro rosário e a Maya já descobriu na bola dela - a de cristal! - que não ganhamos! Por questões de segurança, está bom de ver.

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