12 de janeiro de 2004

Santana Lopes: o lançamento do primeiro livro

Machado de Assis, 1839 - 1908Há tempos atrás alguns orgãos da comunicação social referiram-se, vergonhosamente, ao facto falso e naturalmente inventado do presidente da Câmara de Lisboa ter escrito directamente ao Sr Machado de Assis, agradecendo-lhe a cortesia que teve, instruindo o seu editor português para que lhe remetesse, a título de oferta, uma das suas obras.

É falso que o Dr Santana Lopes nunca tenha ouvido falar do Sr Machado de Assis, embora se deva confessar que não andaram nem na mesma escola, nem ao mesmo tempo. Mas a intenção foi de facto agradecer, formalmente e por escrito, em papel timbrado da Câmara, procedimento que aliás utiliza mesmo quando escreve ao Dr Balsemão a reclamar a mais do que justa actualização dos honorários pagos pela sua análise política sobre a actuação da vereação.

Apenas aconteceu que se desconhecia com exactidão a morada do destinatário e, conhecendo-se-lhe o feitio irascível e o equilíbrio instável, se não poderiam adivinhar os dias em que o mesmo se apresentaria como morto-vivo ou simplesmente como morto. Assim sendo foi a missiva endereçada para o Alto de S. João de onde acabou devolvida pelos correios em virtude do destinatário ser desconhecido, segundo inscrição do carteiro do giro no correspondente sobrescrito.

Mas o gesto agradou e ficou registado. Tanto assim que, com a antecedência que se justifica, o Dr Santana Lopes mandou já expedir os convites para a sessão de apresentação do seu primeiro livro deste ano, a realizar algures no Chiado. Da lista de convites constam nomes grandes da cultura portuguesa, como as colegas de profissão Margarida Rebelo Pinto e Paula Bobone, já conhecidas de algumas mariscadas nos restaurantes do Guincho. Não foi incluída a Dra Edite Estrela por exigência do editor que insiste em apenas receber convidados sem averbamentos no registo criminal. O Sr José Castelo Branco estará também presente desde que a sua preenchidíssima agenda pessoal o permita. A gentileza do Sr Machado de Assis foi gostosa e gratificantemente retribuída. Para evitar extravios ou abusivas interpretações por parte da comunicação social, tratando-o alarvemente por ignorante, o presidente da Câmara solicitou os bons ofícios da embaixada do Brasil para fazer chegar o convite ao destino, evitando novos extravios.

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