O Porto exige segurança pessoal para o Dr Rio
O Porto já se habituou a não se admirar com nada e a interpretar tudo como fatalidades do destino. Não se admira que o Futebol Clube do Porto ganhe campeonatos seguidos apesar do Sr Mourinho se queixar da rudeza dos adversários e da parcialidade dos árbitros. Não se admira com a extensão das escavações que cada vez mais se espalham pela cidade e, se lhe disserem que são feitas a pesquisar petróleo, acredita e acha que está tudo bem. Não se admira que o Dr Dias da Cunha diga que as faces visíveis do intrincado sistema do futebol nacional são as dos Srs Pinto da Costa e Valentim Loureiro, embora estranhe que o Dr Pimenta Machado não tenha lugar no pódio. Não se admira de que o Porto tenha obtido o estatuto de património mundial, meio mundo tenha dito publicamente que o facto era uma grande vitória e que, até hoje, se não tivesse dado rigorosamente por nada. Não se admira sequer que o ex-presidente da Câmara, Dr Fernando Gomes, venha manipular números e conceitos teóricos para dizer que o norte - e naturalmente o Porto - estão mais pobres do que eram. Esquecendo-se que foi presidente de câmaras, deputado, ministro e eurodeputado e que da sua acção política em todos os cargos deveriam ter resultado, pelo menos, responsabilidades solidárias. Porque, de resto, não resultou coisa nenhuma a não ser o lugar cativo na tribuna vip do estádio do Dragão.
Não se admira ainda que o Dr Rio tenha vindo a público para alinhar a hierarquia formal dos cargos públicos: Presidência da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro Ministro e Presidente da Câmara do Porto. Mas admira-se que o Sr Pinto da Costa não preceda o próprio Dr Rio e que o Presidente da Junta de Freguesia de Miragaia não venha logo a seguir a ele. Mas já nos habituámos a isso, vamos aguentando, continuando leais e sempre invictos.
Não podemos é tolerar, nem que desenterremos a Maria da Fonte, é que um qualquer presidente da Câmara de Lisboa, que nem sequer figura na hierarquia, possa beneficiar de protecção pessoal por parte de agentes especiais da PSP. Por isso eles faltam onde são necessários, os roubos às bombas de gasolina aumentam, os esticões são mais que muitos, os documentos pessoais aparecidos no entulho, com fotografias irreconhecíveis, não têm conta. Enquanto isso, a quarta figura do estado percorre a pé, sozinho, apenas sob o olhar distraído do seu motorista, os vinte metros que separam o lugar de estacionamento do seu automóvel de serviço da porta que utiliza para entrar na Câmara. Ao fim de semana se vai comer uns camarões a Matosinhos - um concelho hostil, governado pelo régulo Narciso Miranda! - fá-lo por sua conta e risco e se decide ir beber um copo à ribeira de Gaia - outro concelho hostil, mas sem governo nenhum! - nunca sabe se regressará a casa são e salvo.
É preciso que o ministro Figueiredo Lopes, por uma vez, esteja atento a alguma coisa e corrija rapidamente a situação. Não vá dar-se o caso de acontecer alguma desgraça ao Dr Rio. Ou até dele próprio ser demito, no meio da sua permanente distracção, sem ter dado pelo facto de ter sido ministro. Mesmo invisível!
Não se admira ainda que o Dr Rio tenha vindo a público para alinhar a hierarquia formal dos cargos públicos: Presidência da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro Ministro e Presidente da Câmara do Porto. Mas admira-se que o Sr Pinto da Costa não preceda o próprio Dr Rio e que o Presidente da Junta de Freguesia de Miragaia não venha logo a seguir a ele. Mas já nos habituámos a isso, vamos aguentando, continuando leais e sempre invictos.
Não podemos é tolerar, nem que desenterremos a Maria da Fonte, é que um qualquer presidente da Câmara de Lisboa, que nem sequer figura na hierarquia, possa beneficiar de protecção pessoal por parte de agentes especiais da PSP. Por isso eles faltam onde são necessários, os roubos às bombas de gasolina aumentam, os esticões são mais que muitos, os documentos pessoais aparecidos no entulho, com fotografias irreconhecíveis, não têm conta. Enquanto isso, a quarta figura do estado percorre a pé, sozinho, apenas sob o olhar distraído do seu motorista, os vinte metros que separam o lugar de estacionamento do seu automóvel de serviço da porta que utiliza para entrar na Câmara. Ao fim de semana se vai comer uns camarões a Matosinhos - um concelho hostil, governado pelo régulo Narciso Miranda! - fá-lo por sua conta e risco e se decide ir beber um copo à ribeira de Gaia - outro concelho hostil, mas sem governo nenhum! - nunca sabe se regressará a casa são e salvo.
É preciso que o ministro Figueiredo Lopes, por uma vez, esteja atento a alguma coisa e corrija rapidamente a situação. Não vá dar-se o caso de acontecer alguma desgraça ao Dr Rio. Ou até dele próprio ser demito, no meio da sua permanente distracção, sem ter dado pelo facto de ter sido ministro. Mesmo invisível!
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