19 de fevereiro de 2004

Um desmentido e uma pergunta


Venho aqui hoje assim, logo de madrugada, para pendurar um desmentido e uma pergunta. Com o frio que faz e com a malta a manter-se ajuizadamente no quentinho dos lençóis é pouco provável que venha a ser contestado.

A reforma da justiça fica cara!O desmentido é sobre uma prédica dominical do professor Marcelo e sobre declarações públicas do Dr Júdice, bastonário dos advogados. Ambos disseram que o Dr Barroso era um super-ministro da justiça e que a Dra Celeste Cardona, como ministra, não existia. Já figurava apenas na lista telefónica do Dr Portas, para a eventualidade de algum recado. É mentira! A Dra Celeste Cardona existe, de carne, osso e funções como ministra. Ainda ontem a vi na televisão e esta manhã soube que, afinal, está de facto empenhada na mais elevada reforma da justiça de que há memória. E começou por cima, a nomear pessoal dirigente para cargos onde nós, contribuintes, lhes pagamos ordenados na casa dos 5.500 euros, o equivalente a 1.100 contos. Um dos nomeados é autenticamente um JDEP - entenda-se jovem director de elevado potencial - de apenas 29 anos de idade e apenas licenciado há três. Como experiência profissional, tem a que o tempo lhe permitiu adquirir: nenhuma. Limitou-se a levar à escola os netos da ministra e em passar por sua casa a certificar-se de que o cachorro estava sossegado e ainda tinha ração e água. Mas tem uma vontade incontrolável de se entregar às suas novas funções, acelerando a máquina a que tem direito e utilizar o cartão de crédito no marisco barato que servem em Huelva.

Santana Lopes a exemplicar como pensa com a sua cabeça!A pergunta, embora um pouco tardia, é sobre a telenovela das presidenciais em que iremos maioritariamente abster-nos daqui a mais de dois anos. Disse publicamente o Dr Santana que nunca foi influenciado e nunca cedeu a pressões, fosse de quem fosse. Aqui já eu estava a rir, o que até é raro acontecer-me. Mas disse ainda que sempre pensou por si, sempre decidiu pela sua cabeça. Aqui desatei à gargalhada, num riso pegado, que ainda não parou. Então quem não tem cabeça para nada, ela serve-lhe para decidir o quê?

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