Bem aventurado país este que é o nosso
Não venham exibir-nos estatísticas seja de quem for a dizerem-nos que a Noruega, que inteligentemente se manteve fora da União Europeia, é o país de mais elevado nível de vida e que, praticamente, não tem problemas com que se confrontar. Como é que um país que tem apenas 200 quilómetros de auto-estradas, não dispõe de 10 estádios de futebol novos e nunca teve o privilégio de organizar um campeonato da Europa pode figurar nas estatísticas como um país rico e sem problemas?
Nós sim, somos ricos, gastamos o que temos e o que não temos, estamos à cabeça de grandes acontecimentos e, mentirosamente, as estatísticas colocam-nos no rabo de tudo. É tudo falso, o país navega calmamente, em velocidade de cruzeiro, com o Sr Herman José ao leme de um iate fazendo de Vasco da Gama, com todas as velas pandas. Politicamente o país existe apenas em S. Bento onde se passa tudo, para se não passar nada.
A nossa classe política é um género importado dos filmes do Sr Steven Spielberg que não tem nenhuma semelhança com as pessoas do nosso dia a dia. Nem fisicamente e, muito menos, intelectualmente. O exercício das suas funções não é um coito, é uma masturbação permanente. Praticada por pessoas que o Estado deveria forçar ao descanso ou ao exílio no interior do país.
Ontem o assunto foi um não assunto. Toda a gente sabia que o pontapé do Sr Guilherme Silva, mesmo sem barreira, sairia ao lado da baliza. Nunca seria golo. Mesmo assim passou-se o tempo a discutir as dimensões e o peso da bola, a pelica das chuteiras e os tónicos que o Sr Telmo Correia usa para o cabelo. Hoje variou-se. Transformou-se um bronco presidente de câmara numa questão nacional e, provavelmente, assegurou-se-lhe a eleição daqui a dois anos numa outra câmara que mais lhe interessa.
O país não tem, felizmente, outros problemas. É fácil adivinhar a agenda para a semana que se segue, porque amanhã já é o primeiro dia do resto do fim de semana. Por ordem, vão ser analisadas as implicações dos fenómenos do Entroncamento na retoma da Dra Manuela Leite. A relação entra a sopa de nabos de Gondomar e o sucesso da família Loureiro na sua ascensão ao poder. As perspectivas do jornalismo português sobre a comercialização dos capões de Freamunde. As influências indirectas da enxertia das vinhas do Douro no estilo literário do Dr Pacheco Pereira.
Nós sim, somos ricos, gastamos o que temos e o que não temos, estamos à cabeça de grandes acontecimentos e, mentirosamente, as estatísticas colocam-nos no rabo de tudo. É tudo falso, o país navega calmamente, em velocidade de cruzeiro, com o Sr Herman José ao leme de um iate fazendo de Vasco da Gama, com todas as velas pandas. Politicamente o país existe apenas em S. Bento onde se passa tudo, para se não passar nada.
A nossa classe política é um género importado dos filmes do Sr Steven Spielberg que não tem nenhuma semelhança com as pessoas do nosso dia a dia. Nem fisicamente e, muito menos, intelectualmente. O exercício das suas funções não é um coito, é uma masturbação permanente. Praticada por pessoas que o Estado deveria forçar ao descanso ou ao exílio no interior do país.
Ontem o assunto foi um não assunto. Toda a gente sabia que o pontapé do Sr Guilherme Silva, mesmo sem barreira, sairia ao lado da baliza. Nunca seria golo. Mesmo assim passou-se o tempo a discutir as dimensões e o peso da bola, a pelica das chuteiras e os tónicos que o Sr Telmo Correia usa para o cabelo. Hoje variou-se. Transformou-se um bronco presidente de câmara numa questão nacional e, provavelmente, assegurou-se-lhe a eleição daqui a dois anos numa outra câmara que mais lhe interessa.
O país não tem, felizmente, outros problemas. É fácil adivinhar a agenda para a semana que se segue, porque amanhã já é o primeiro dia do resto do fim de semana. Por ordem, vão ser analisadas as implicações dos fenómenos do Entroncamento na retoma da Dra Manuela Leite. A relação entra a sopa de nabos de Gondomar e o sucesso da família Loureiro na sua ascensão ao poder. As perspectivas do jornalismo português sobre a comercialização dos capões de Freamunde. As influências indirectas da enxertia das vinhas do Douro no estilo literário do Dr Pacheco Pereira.
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