Não há tira-nódoas que limpem o passado?
Os portugueses não têm vergonha do que dizem nem da forma como o dizem. Mas têm vergonha do que disseram e do que fizeram no passado. Quando, com sensatez, deveriam era ter vergonha do que não fizeram e do que não disseram nos momentos oportunos.
Há dois dias atrás o Benfica comemorou o seu primeiro centenário como instituição. Tacticamente o seu ilustrado presidente omitiu o nome de Vale e Azevedo como presidente eleito que foi do mesmo clube. A questão passou, é naturalmente uma nódoa, mas a nódoa que o Moreirense depois foi deixar no linho das comemorações fez esquecer a primeira.
Antes disso, durante a semana, o governo tinha-se deslocado ao parlamento para mais uma inútil discussão mensal com os deputados. Que, por si, mesmo com as elevadas taxas de absentismo que se conhecem, são garante suficiente da inutilidade quotidiana. No decurso do processo, gargalhando, o Dr Barroso referiu-se a comunistas envergonhados. Depois parece ter-se ofendido ele, o seu governo, o seu partido e provavelmente a sua família, quando alguém lhe recordou a sua militância no partido do grande educador da classe operária. E depreciativamente comentou: "coisas dos dezoito anos!".
O que quer dizer que o que se faz aos dezoito anos não conta, dá-se-lhe o desconto que a tenra idade justifica, não se tem ainda nenhuma responsabilidade. Ou, alternativamente, que aos dezoito anos ninguém sabe o que faz e que, nessa idade, todos são uma frequente espécie de atrasados mentais. Ou, ainda, que pela incomodidade do discurso, o Dr Louça que está no parlamento como deputado é um inimputável de dezoito anos ou um raro género de mongolóide, de óculos e sem gravata. Tipo "geração rasca" como defende o Sr Vicente Jorge Silva.
Depois mudam a agulha dos carris, passam-se para o campo adversário, submetem-se à força do dinheiro, passam a vestir-se no Rosa e Teixeira e escondem até onde podem o percurso passado. De que se envergonham eles e a família. Se são confrontados com a situação chamam à mudança, evolução, do mesmo modo que chamam "fromage" ao queijo". E desculpam-se com o facto de terem dezoito anos e de só não mudar quem é burro. Enganam-se! Os burros, que são ou devem ser uma espécie protegida, enquanto os políticos não, apenas têm de burro o próprio nome. São dóceis, humildes, honestos. E orgulhosamente burros.
Há dois dias atrás o Benfica comemorou o seu primeiro centenário como instituição. Tacticamente o seu ilustrado presidente omitiu o nome de Vale e Azevedo como presidente eleito que foi do mesmo clube. A questão passou, é naturalmente uma nódoa, mas a nódoa que o Moreirense depois foi deixar no linho das comemorações fez esquecer a primeira.
Antes disso, durante a semana, o governo tinha-se deslocado ao parlamento para mais uma inútil discussão mensal com os deputados. Que, por si, mesmo com as elevadas taxas de absentismo que se conhecem, são garante suficiente da inutilidade quotidiana. No decurso do processo, gargalhando, o Dr Barroso referiu-se a comunistas envergonhados. Depois parece ter-se ofendido ele, o seu governo, o seu partido e provavelmente a sua família, quando alguém lhe recordou a sua militância no partido do grande educador da classe operária. E depreciativamente comentou: "coisas dos dezoito anos!".
O que quer dizer que o que se faz aos dezoito anos não conta, dá-se-lhe o desconto que a tenra idade justifica, não se tem ainda nenhuma responsabilidade. Ou, alternativamente, que aos dezoito anos ninguém sabe o que faz e que, nessa idade, todos são uma frequente espécie de atrasados mentais. Ou, ainda, que pela incomodidade do discurso, o Dr Louça que está no parlamento como deputado é um inimputável de dezoito anos ou um raro género de mongolóide, de óculos e sem gravata. Tipo "geração rasca" como defende o Sr Vicente Jorge Silva.
Depois mudam a agulha dos carris, passam-se para o campo adversário, submetem-se à força do dinheiro, passam a vestir-se no Rosa e Teixeira e escondem até onde podem o percurso passado. De que se envergonham eles e a família. Se são confrontados com a situação chamam à mudança, evolução, do mesmo modo que chamam "fromage" ao queijo". E desculpam-se com o facto de terem dezoito anos e de só não mudar quem é burro. Enganam-se! Os burros, que são ou devem ser uma espécie protegida, enquanto os políticos não, apenas têm de burro o próprio nome. São dóceis, humildes, honestos. E orgulhosamente burros.
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