Eleições com mesas de voto a funcionar por turnos
Os dois grandes partidos políticos da vida airada, PSD e PS, no secretismo dos gabinetes e à má fila, como convém a cada um deles, parece que admitem, em conjunto, viabilizar a possibilidade das mesas de voto, nas próximas eleições para o parlamento europeu se manterem abertas até às dez horas da noite. Como isso é coisa que lhes interessa apenas a eles, acordam no segredo a ver se, em conjunto e mais uma vez, ludibriam o eleitor.
Despreze-se a possibilidade dos nossos políticos não fazerem ideia do país em que vivem. Isso é um lugar comum, já toda a gente deu para esse desgraçado peditório, não há mais nada a acrescentar. Do país que deveriam servir - e não servir-se dele, como se fosse uma prostituta! - os políticos apenas conservam o passaporte, de preferência diplomático.
Nos fóruns que entretanto se promovem sobre o assunto há intervenções de doutores que têm defendido teses sobre a questão e constatado que a abstenção tem crescido desde 1999. Não refere esta perspectiva, por uma vez que seja, o crescente desinteresse do eleitor pelos políticos que elege, pelo incumprimento das promessas que fazem e pela nebulosa transparência com que actuam. Prefere referir-se ao eventual desconhecimento que o eleitor tem - o burro! - sobre a influência que a abstenção pode transmitir aos resultados.
Noutra perspectiva há quem defenda a obrigatoriedade do voto, sugestão que também nada tem de novo. É assunto sobre o qual todos os partidos, cada um por si, estão absolutamente de acordo. Voto obrigatório e no partido especificado, obviamente o deles. O desacordo só surge na última parte, naturalmente. O voto é, a nosso ver, a primeira manifestação de liberdade democrática. Fazer dele uma obrigação corresponde, desde logo, a interferir com a liberdade do cidadão que se não reveja na série de "cromos" que se apresentam como candidatos. Que o recenseamento o seja, é outra coisa, como a posse do bilhete de identidade.
Mas o que é imediato, aquilo que é referido sistematicamente pelo eleitor que não faz mais do que votar, é o generalizado descrédito dos políticos em quem já ninguém acredita. Ninguém vai empenhadamente participar num acto que lhe não diz nada, que nada contribui para a sua felicidade ou para o seu contrário. Como o são as queixas, também generalizadas, dos que se confessam enganados, por ingenuidade, por este governo e por quantos o antecederam. Não estão estes também, como masoquistas, na disposição de alimentar a farsa. Como quem diz: quanto mais me bates, mais eu gosto de ti!
Despreze-se a possibilidade dos nossos políticos não fazerem ideia do país em que vivem. Isso é um lugar comum, já toda a gente deu para esse desgraçado peditório, não há mais nada a acrescentar. Do país que deveriam servir - e não servir-se dele, como se fosse uma prostituta! - os políticos apenas conservam o passaporte, de preferência diplomático.
Nos fóruns que entretanto se promovem sobre o assunto há intervenções de doutores que têm defendido teses sobre a questão e constatado que a abstenção tem crescido desde 1999. Não refere esta perspectiva, por uma vez que seja, o crescente desinteresse do eleitor pelos políticos que elege, pelo incumprimento das promessas que fazem e pela nebulosa transparência com que actuam. Prefere referir-se ao eventual desconhecimento que o eleitor tem - o burro! - sobre a influência que a abstenção pode transmitir aos resultados.
Noutra perspectiva há quem defenda a obrigatoriedade do voto, sugestão que também nada tem de novo. É assunto sobre o qual todos os partidos, cada um por si, estão absolutamente de acordo. Voto obrigatório e no partido especificado, obviamente o deles. O desacordo só surge na última parte, naturalmente. O voto é, a nosso ver, a primeira manifestação de liberdade democrática. Fazer dele uma obrigação corresponde, desde logo, a interferir com a liberdade do cidadão que se não reveja na série de "cromos" que se apresentam como candidatos. Que o recenseamento o seja, é outra coisa, como a posse do bilhete de identidade.
Mas o que é imediato, aquilo que é referido sistematicamente pelo eleitor que não faz mais do que votar, é o generalizado descrédito dos políticos em quem já ninguém acredita. Ninguém vai empenhadamente participar num acto que lhe não diz nada, que nada contribui para a sua felicidade ou para o seu contrário. Como o são as queixas, também generalizadas, dos que se confessam enganados, por ingenuidade, por este governo e por quantos o antecederam. Não estão estes também, como masoquistas, na disposição de alimentar a farsa. Como quem diz: quanto mais me bates, mais eu gosto de ti!
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