Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Manuela Moura Guedes, a conhecida mulher do director da TVI, afirmou que nesta estação de televisão tem mais intervenção do que tinha como deputada do grupo parlamentar do PP. Embora a afirmação seja de uma chocante ingratidão, porque lhe arranjaram um tacho jeitoso numa altura em que recebia o fundo de desemprego e pensava abrir uma loja de venda de flores na Damaia, não deixa de ser verdadeira.
Mas as coisas sempre têm mudado, continuam a mudar e hão-de continuar. Mal sabia Camões que escrevia para ser cantado, algumas centenas de anos depois, pelo José Mário Branco de quem, aliás, nunca ouvira falar, nem nos confins dos mundos que percorreu.
Também no CDS/PP - nós preferimos assim, como o Santana Lopes que diz sempre PPD/PSD - as coisas mudam. Começaram em Braga, com o Dr Monteiro a sair de lá vendo-a por um canudo. Hoje o partido tem a intervenção que nunca teve. O Dr Portas exige que o Dr Barroso o trate por Sua Excelência, define as regras do jogo em que ambos se empenham, estabelece a duração de cada parte e, mais descarado do que o major Loureiro, sorteia o árbitro que mais lhe convém. No aeroporto não pisa as salas onde o Dr Soares pai aguarda embarque para Estrasburgo, - quem manda neste país sou eu, não sou? - benze-se sempre que ouve falar no filho, segreda ao primeiro-ministro que o Dr Pacheco nem cristão novo é. Estabelece a percentagem do défice, marimba-se nos reformados da Nazaré, deixou de gostar do peixe espada da Madeira. Senta-se em S. Bento e com o ar esfíngico de uma pirâmide egípcia, mantém-se calado e nem retribui as vénias do Dr Telmo Correia.
Hoje o CDS/PP são três táxis de deputados, quatro autocarros de intervencionistas e alguns comboios de assessores novos, brilhantes e amigos a ganharem mais do que o ministro. Hoje, apesar de tudo, tem ele mais influência do que tinha no Independente. Neste, foi latindo à volta do Dr Cavaco, agarrando-se-lhe às calças e rasgando-lhas. Hoje leva o Dr Barroso pela trela, não permite que este alce a perna onde lhe apetece, mantém o Dr Guilherme Silva bronco, reverendo e obrigado. Só felicita o Dr Pires de Lima pelas bacoradas que lhe saem da boca. Como se fosse um cruzado.
Mas as coisas sempre têm mudado, continuam a mudar e hão-de continuar. Mal sabia Camões que escrevia para ser cantado, algumas centenas de anos depois, pelo José Mário Branco de quem, aliás, nunca ouvira falar, nem nos confins dos mundos que percorreu.
Também no CDS/PP - nós preferimos assim, como o Santana Lopes que diz sempre PPD/PSD - as coisas mudam. Começaram em Braga, com o Dr Monteiro a sair de lá vendo-a por um canudo. Hoje o partido tem a intervenção que nunca teve. O Dr Portas exige que o Dr Barroso o trate por Sua Excelência, define as regras do jogo em que ambos se empenham, estabelece a duração de cada parte e, mais descarado do que o major Loureiro, sorteia o árbitro que mais lhe convém. No aeroporto não pisa as salas onde o Dr Soares pai aguarda embarque para Estrasburgo, - quem manda neste país sou eu, não sou? - benze-se sempre que ouve falar no filho, segreda ao primeiro-ministro que o Dr Pacheco nem cristão novo é. Estabelece a percentagem do défice, marimba-se nos reformados da Nazaré, deixou de gostar do peixe espada da Madeira. Senta-se em S. Bento e com o ar esfíngico de uma pirâmide egípcia, mantém-se calado e nem retribui as vénias do Dr Telmo Correia.
Hoje o CDS/PP são três táxis de deputados, quatro autocarros de intervencionistas e alguns comboios de assessores novos, brilhantes e amigos a ganharem mais do que o ministro. Hoje, apesar de tudo, tem ele mais influência do que tinha no Independente. Neste, foi latindo à volta do Dr Cavaco, agarrando-se-lhe às calças e rasgando-lhas. Hoje leva o Dr Barroso pela trela, não permite que este alce a perna onde lhe apetece, mantém o Dr Guilherme Silva bronco, reverendo e obrigado. Só felicita o Dr Pires de Lima pelas bacoradas que lhe saem da boca. Como se fosse um cruzado.
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