8 de março de 2004

O Dr Portas levantou a cabeça da areia

O Dr Paulo Portas tem passado os últimos tempos a representar quase permanentemente o papel de avestruz, com a cabeça enterrada na areia. Esperando que passasse a tempestade no meio da qual se viu apanhado ou, pelo menos, abrandasse e lhe permitisse tirar a cabeça da toca.

Tirou! No Porto, falando no início das celebrações do 30º aniversário do CDS - que não dos 30 anos propriamente ditos, que esses só chegarão depois de 25 de Abril! - perdeu a dimensão da avestruz e assumiu a que lhe é mais familiar, de atrevido galito de combate. Para dizer que basta de questiúnculas com o Dr Soares pai, com bicada de um lado, resposta do outro. E, demagogo e desmemoriado, fez por assumir o papel de bom samaritano, tentando recordar que o CDS que votou contra a Constituição de 1976 foi o mesmo com o qual o Dr Soares pai, pouco tempo depois, se coligou para formar governo.

Não gostamos nem do Dr Paulo Portas, nem do Dr Soares pai e por isso estamos à vontade. Para recordar que hoje o PP do Dr Portas não tem nada a ver com o CDS da época e que, mesmo o Dr Soares pai, muito pouco tem a ver com o que regressou de Paris a seguir ao 25 de Abril. Quanto ao peso político ou histórico de cada um, goste-se ou não deles, não é preciso mandá-los subir para a balança. Olha-se e vê-se logo pelo perfil!

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