Um regresso breve a velhos destinos
Ainda manhã cedo, sendo sábado, vi-me na auto-estrada do norte, rumando a sul. Bom tempo, sol aberto, céu quase sem nuvens, previsões a indicarem temperaturas de início de Verão, que se aproxima. Trânsito intenso mas tranquilo, o código da desbragada caça à multa ainda a marinar.
Saída em Fátima, muita gente, muitas excursões, mas ultrapassada a grande afluência de peregrinos para a data mítica de 13 de Maio. Paragem breve, um café, meia dúzia de passos, alguns alongamentos como quem se prepara para entrar em campo a dois minutos de expirar o prolongamento. Descida até Ourém, apanhando de frente, imponente e altaneiro, o castelo, no cimo do monte. Ligeiramente abaixo a Colegiada, solene e magnífica. Imagino o chafariz, cá em baixo, algumas vezes centenário, jorrando água continuamente, desde sempre.
Almoço em Ourém, onde as obras, para já, parecem terminadas. Há coisas de que não gosto, mas os buracos foram tapados, o caos tornou-se menor, parece controlado. É um regresso frequente este, a Ourém. Frequente e breve, sempre breve de mais. À tarde partirei de novo, de regresso ao Porto, mais duzentos quilómetros para percorrer.
Vou ao Agroal, no fundo da ravina, onde uma nascente sem parança engrossa o caudal do Nabão, a caminho de uma cidade mítica como é Tomar. O local está quase deserto, meia dúzia de automóveis de quem habitualmente frequenta o café, as águas transparentes, uma azenha teima no volteio interminável da sua roda, sem fim e sem utilidade.
Um salto a Tomar, para ser apenas de passagem, a verificar se lhe chegam cristalinas as águas que lhe vêm do Agroal. Não sei o que se passa, há festa e barracas dispostas ao longo do rio. Inverto a marcha, falta-me o tempo e a disposição para me perder no aglomerado de pessoas que diviso. Passo pela capela de Nossa Senhora da Piedade, edificada inicialmente no século catorze, vejo a cidade lá ao fundo, tranquila, arrumada, preparando-se para a canícula do Estio. Do outro lado, único e incomparável, o Convento de Cristo, com o castelo ao lado. A dimensão, a nobreza que, mesmo ao longe, se reconhece e se admira.
Caminho já de volta com um desvio a rever, depressa que o tempo é curto, o aqueduto de Pegões, obra de engenharia que certifica a capacidade de quem o projectou. Ali permanece hoje, atravessando campos de pousio, sobranceiro e inútil, para a fotografia. A missão para que foi edificado, cumpriu-a. Agora, aposentado, permanece digno e orgulhoso, com a consciência do dever cumprido. Os tempos mudaram, não beneficia de nenhum subsídio de desemprego, deixam-no no ermo do vale, abandonado, sem cuidarem dele. Não admira que assim seja, é o que vemos dia a dia.
Deixo, também breve, o cumprimento aos bloggers de Tomar, cidade amiga, cidade perto, cidade de voltar sempre, de que eu, pessoalmente, gosto tanto. Por isso, uma vez por outra, seja qual for a estação do ano, um regresso breve, sempre com redobrado encanto, sempre com renovada certeza: é para voltar de novo. Para já, estou de regresso a casa!
Saída em Fátima, muita gente, muitas excursões, mas ultrapassada a grande afluência de peregrinos para a data mítica de 13 de Maio. Paragem breve, um café, meia dúzia de passos, alguns alongamentos como quem se prepara para entrar em campo a dois minutos de expirar o prolongamento. Descida até Ourém, apanhando de frente, imponente e altaneiro, o castelo, no cimo do monte. Ligeiramente abaixo a Colegiada, solene e magnífica. Imagino o chafariz, cá em baixo, algumas vezes centenário, jorrando água continuamente, desde sempre.
Almoço em Ourém, onde as obras, para já, parecem terminadas. Há coisas de que não gosto, mas os buracos foram tapados, o caos tornou-se menor, parece controlado. É um regresso frequente este, a Ourém. Frequente e breve, sempre breve de mais. À tarde partirei de novo, de regresso ao Porto, mais duzentos quilómetros para percorrer.
Vou ao Agroal, no fundo da ravina, onde uma nascente sem parança engrossa o caudal do Nabão, a caminho de uma cidade mítica como é Tomar. O local está quase deserto, meia dúzia de automóveis de quem habitualmente frequenta o café, as águas transparentes, uma azenha teima no volteio interminável da sua roda, sem fim e sem utilidade.
Um salto a Tomar, para ser apenas de passagem, a verificar se lhe chegam cristalinas as águas que lhe vêm do Agroal. Não sei o que se passa, há festa e barracas dispostas ao longo do rio. Inverto a marcha, falta-me o tempo e a disposição para me perder no aglomerado de pessoas que diviso. Passo pela capela de Nossa Senhora da Piedade, edificada inicialmente no século catorze, vejo a cidade lá ao fundo, tranquila, arrumada, preparando-se para a canícula do Estio. Do outro lado, único e incomparável, o Convento de Cristo, com o castelo ao lado. A dimensão, a nobreza que, mesmo ao longe, se reconhece e se admira.
Caminho já de volta com um desvio a rever, depressa que o tempo é curto, o aqueduto de Pegões, obra de engenharia que certifica a capacidade de quem o projectou. Ali permanece hoje, atravessando campos de pousio, sobranceiro e inútil, para a fotografia. A missão para que foi edificado, cumpriu-a. Agora, aposentado, permanece digno e orgulhoso, com a consciência do dever cumprido. Os tempos mudaram, não beneficia de nenhum subsídio de desemprego, deixam-no no ermo do vale, abandonado, sem cuidarem dele. Não admira que assim seja, é o que vemos dia a dia.
Deixo, também breve, o cumprimento aos bloggers de Tomar, cidade amiga, cidade perto, cidade de voltar sempre, de que eu, pessoalmente, gosto tanto. Por isso, uma vez por outra, seja qual for a estação do ano, um regresso breve, sempre com redobrado encanto, sempre com renovada certeza: é para voltar de novo. Para já, estou de regresso a casa!
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