A Baixa do Porto
No seguimento deste apontamento realiza-se esta manhã, pelas onze horas, uma reunião do vereador Paulo Morais, da Câmara Municipal do Porto com os participantes do activo, aberto e incontornável blogue A Baixa do Porto. O convite é, antes de mais e com propriedade, dirigido a Tiago Azevedo Fernandes que tem tido, em relação a este insignificante recanto da Pena Ventosa, a simpatia de colocar apontadores para algumas coisas que aqui tenho afixado. Não seria essa circunstância, obviamentel, que me conferiria direito de participação, ao vivo e in loco.
Mas quero deixar aqui uma certeza: a cidade pertence a quem nela vive, mesmo que nela não tenha nascido, como é o meu caso. Interessa-nos sempre o canto que ocupamos no nosso sofá da sala como o mundo que de facto é nosso, a que nos acolhemos, onde acabamos por sucumbir à maior força do sono. A blogosfera é varrida por apontamentos escritos à pressa, sem estilo, com insuficiente sintaxe e, muitas vezes, com um exagerado défice ortográfico. Não serviria nunca para que Eça de Queirós fizesse circular as suas ideias à velocidade da luz, ele que as tinha e que as requintava até à perfeição.
Do meu canto e do meu modo sou explosivo, crítico, absurdo, algumas vezes sarcástico e, por demérito meu, muito poucas vezes irónico. Mas vivo na cidade e percorro-a, caminhando. Desço as Escadas do Codeçal, percorro o Cais da Ribeira, subo a Rua dos Mercadores, sigo monte acima até à Pena Ventosa. Do Terreiro da Sé o meu olhar abarca o universo do casario e do rio. É disto que, antes de mais, a cidade precisa. Que a percorram a pé, a olhem, lhe falem, a ouçam e lhe dêem atenção. Arrolem o muito que por muitos lados está em ruínas, registem quantos por muitos cantos vivem abaixo da dignidade que se lhes deve. Não façam castelos de areia, não elaborem projectos teóricos, não pensem na cidade como trampolim para o poder e como modo substantivo de vida. Comecem pelo princípio. Deixem os automóveis e os motoristas estacionados nas traseiras dos Paços do Concelho e vão tomar o pulso à cidade, medir-lhe a tensão arterial, contar-lhe o número de pulsações a que bate por minuto.
Podem A Baixa do Porto, a vereação e a cidade contar com o meu contributo. Desde que o diálogo não tenha hierarquias e não puxe dos galões. Se não fique pelo pormenor de ouvir para esquecer, de anotar para deitar fora. Mas de estar de alma e coração com a cidade, desde o cimo da Pena Ventosa!
Mas quero deixar aqui uma certeza: a cidade pertence a quem nela vive, mesmo que nela não tenha nascido, como é o meu caso. Interessa-nos sempre o canto que ocupamos no nosso sofá da sala como o mundo que de facto é nosso, a que nos acolhemos, onde acabamos por sucumbir à maior força do sono. A blogosfera é varrida por apontamentos escritos à pressa, sem estilo, com insuficiente sintaxe e, muitas vezes, com um exagerado défice ortográfico. Não serviria nunca para que Eça de Queirós fizesse circular as suas ideias à velocidade da luz, ele que as tinha e que as requintava até à perfeição.
Do meu canto e do meu modo sou explosivo, crítico, absurdo, algumas vezes sarcástico e, por demérito meu, muito poucas vezes irónico. Mas vivo na cidade e percorro-a, caminhando. Desço as Escadas do Codeçal, percorro o Cais da Ribeira, subo a Rua dos Mercadores, sigo monte acima até à Pena Ventosa. Do Terreiro da Sé o meu olhar abarca o universo do casario e do rio. É disto que, antes de mais, a cidade precisa. Que a percorram a pé, a olhem, lhe falem, a ouçam e lhe dêem atenção. Arrolem o muito que por muitos lados está em ruínas, registem quantos por muitos cantos vivem abaixo da dignidade que se lhes deve. Não façam castelos de areia, não elaborem projectos teóricos, não pensem na cidade como trampolim para o poder e como modo substantivo de vida. Comecem pelo princípio. Deixem os automóveis e os motoristas estacionados nas traseiras dos Paços do Concelho e vão tomar o pulso à cidade, medir-lhe a tensão arterial, contar-lhe o número de pulsações a que bate por minuto.
Podem A Baixa do Porto, a vereação e a cidade contar com o meu contributo. Desde que o diálogo não tenha hierarquias e não puxe dos galões. Se não fique pelo pormenor de ouvir para esquecer, de anotar para deitar fora. Mas de estar de alma e coração com a cidade, desde o cimo da Pena Ventosa!
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