Portagens para a entrada nas cidades
Na passada quinta-feira o conselho de ministros aprovou uma proposta no sentido de serem introduzidas portagens na entrada para as cidades de Lisboa e Porto. Uma coisa sem pés nem cabeça que por uma qualquer madrugada de sábado, depois da via-sacra pelas docas e no meio da excitação erótica de um sonho, terá ocorrido à nebulosa mente de um ignorado político com carteira profissional.
As opiniões do cidadão dividem-se como seria de esperar. Já quanto à justificação do governo ela é dos melhores quadros que alguém poderia imaginar para uma revista do Parque Mayer. Diz-se que a decisão se toma para reduzir a dependência do país em relação ao petróleo. E depois o presidente da Câmara de Lisboa, que antes era ministro, concorda com a medida desde que as taxas arrecadadas sejam aplicadas na melhoria dos transportes públicos e dos acessos à cidade.
De facto a dependência do país em relação ao petróleo não se reduz comprando mais autocarros, pondo a circular mais comboios, encomendando novos barcos e levando a transportadora aérea nacional a apresentar significativos lucros de exploração. É um pouco como liberalizar o preço do vinho branco e estabelecer taxas pelo consumo do tinto a pretexto de se reduzirem os índices de alcoolismo da população.
A dependência - em relação ao petróleo, já agora! - reduz-se procurando alternativas energéticas e não, como se pretende, restringindo o consumo dos particulares e fomentando o de todo o sector de transportes. O primeiro grande choque energético, se bem nos recordamos, data de 1974. Tem trinta anos. As alternativas começaram a ser procuradas pela Europa por essa altura. E aqui, que fizemos nós?
Que nos adianta saber que o trânsito em Londres, numa área de 21 quilómetros quadrados, reduziu 30 por cento depois de estabelecidas as portagens para ali entrar? Sem ideias e sem causas os políticos nacionais entregam-se à cábula e ao copianço. Inventam maneiras de pagar menos ao assalariado e de lhe meter mais a mão ao bolso. Mas sempre e apenas na perspectiva de irem aos jantares do casino e de frequentarem os desfiles da moda.
As opiniões do cidadão dividem-se como seria de esperar. Já quanto à justificação do governo ela é dos melhores quadros que alguém poderia imaginar para uma revista do Parque Mayer. Diz-se que a decisão se toma para reduzir a dependência do país em relação ao petróleo. E depois o presidente da Câmara de Lisboa, que antes era ministro, concorda com a medida desde que as taxas arrecadadas sejam aplicadas na melhoria dos transportes públicos e dos acessos à cidade.
De facto a dependência do país em relação ao petróleo não se reduz comprando mais autocarros, pondo a circular mais comboios, encomendando novos barcos e levando a transportadora aérea nacional a apresentar significativos lucros de exploração. É um pouco como liberalizar o preço do vinho branco e estabelecer taxas pelo consumo do tinto a pretexto de se reduzirem os índices de alcoolismo da população.
A dependência - em relação ao petróleo, já agora! - reduz-se procurando alternativas energéticas e não, como se pretende, restringindo o consumo dos particulares e fomentando o de todo o sector de transportes. O primeiro grande choque energético, se bem nos recordamos, data de 1974. Tem trinta anos. As alternativas começaram a ser procuradas pela Europa por essa altura. E aqui, que fizemos nós?
Que nos adianta saber que o trânsito em Londres, numa área de 21 quilómetros quadrados, reduziu 30 por cento depois de estabelecidas as portagens para ali entrar? Sem ideias e sem causas os políticos nacionais entregam-se à cábula e ao copianço. Inventam maneiras de pagar menos ao assalariado e de lhe meter mais a mão ao bolso. Mas sempre e apenas na perspectiva de irem aos jantares do casino e de frequentarem os desfiles da moda.
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