Excelência
Nuno Barradas, que não conheço e que não indicou endereço, veio aqui parar à força de correntes, ventos e marés. Utilizando motor auxiliar veio ancorar na praia, frente a este baixo promontório, onde deixou o seguinte comentário:
Isto é desonesto: não há júri nem parecer sobre as candidaturas, e ganhar não é uma questão de sorte. É apenas uma questão de cumprir critérios objectivos, os quais não são, de todo, impossíveis de cumprir uma vez que foram atribuídos 73 prémios. Vários a cientistas com menos de 40 anos, e muitos a cientistas com menos de 50 anos. Mas neste país continua-se com medo da excelência, porque contrasta demasiado com a mediocridade.
Tranquilizou-me de todo este excelso visitante. Tivesse ele dito que isto era honesto e eu correria a comprar Prozac e sentir-me-ia socialmente excluído. Porque de facto honesto é não haver concursos, nem pareceres, nem questões de sorte. Honesto é que assim seja, por ajuste directo, tipo leilão de quem dá mais. Honesto é ainda que a ministra tenha sido incluída e que o Dr. - Doutor soa-me melhor, peço desculpa! - Ramôa que preside à Fundação tenha concorrido e, sem sorte, tenha ganho. Pena é que não tenha arrecadado o dinheiro, sempre dava jeito e era estimulante e excelentemente merecido.
Discordo, humildemente, apenas em relação a um pormenor: o país não teme a excelência. Muito menos por contrastar com a mediocridade muito, pouco ou assim assim. O país é excelente por natureza e nenhum país constrói a excelência sobre a mediocridade. É à custa da excelência, obviamente honesta, que o país se orgulha de estar onde está: na cauda da Europa dos 15, heroicamente a caminho da cauda da Europa dos 25. Dentro de pouco tempo um guarda-redes excelente deve defender o dobro das penalidades, um ponta de lança excelente marcar o dobro dos golos. Um árbitro excelente receber o dobro dos prémios e apitar o triplo das vezes. Sem concurso, sem parecer e sem sorte!
Isto é desonesto: não há júri nem parecer sobre as candidaturas, e ganhar não é uma questão de sorte. É apenas uma questão de cumprir critérios objectivos, os quais não são, de todo, impossíveis de cumprir uma vez que foram atribuídos 73 prémios. Vários a cientistas com menos de 40 anos, e muitos a cientistas com menos de 50 anos. Mas neste país continua-se com medo da excelência, porque contrasta demasiado com a mediocridade.
Tranquilizou-me de todo este excelso visitante. Tivesse ele dito que isto era honesto e eu correria a comprar Prozac e sentir-me-ia socialmente excluído. Porque de facto honesto é não haver concursos, nem pareceres, nem questões de sorte. Honesto é que assim seja, por ajuste directo, tipo leilão de quem dá mais. Honesto é ainda que a ministra tenha sido incluída e que o Dr. - Doutor soa-me melhor, peço desculpa! - Ramôa que preside à Fundação tenha concorrido e, sem sorte, tenha ganho. Pena é que não tenha arrecadado o dinheiro, sempre dava jeito e era estimulante e excelentemente merecido.
Discordo, humildemente, apenas em relação a um pormenor: o país não teme a excelência. Muito menos por contrastar com a mediocridade muito, pouco ou assim assim. O país é excelente por natureza e nenhum país constrói a excelência sobre a mediocridade. É à custa da excelência, obviamente honesta, que o país se orgulha de estar onde está: na cauda da Europa dos 15, heroicamente a caminho da cauda da Europa dos 25. Dentro de pouco tempo um guarda-redes excelente deve defender o dobro das penalidades, um ponta de lança excelente marcar o dobro dos golos. Um árbitro excelente receber o dobro dos prémios e apitar o triplo das vezes. Sem concurso, sem parecer e sem sorte!
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