O colinho
Parece que há dias, em Vila Nova de Famalicão, no meio de um incontável e incontrolável mulherio em êxtase - como aqui, com conhecimento de causa, se refere! - houve manifestações de todos os tipos e para todos os gostos. Houve até mulheres que se terão reclamado do tempo em que, por sistema, o sexo dito fraco gostava de homens. Sem todavia precisar como os preferiam: novos, altos, louros, de meia idade, cabelos compridos ou entradas pronunciadas. Solteiros, casados ou viúvos. Ricos, pobres ou remediados. No meio de tal desvario algumas terão reclamado diferentes preferências e outras, muito provavelmente, se terão transfigurado nos prazeres de um orgasmo inesperado. Sensatamente apenas não terá sido aplaudido o casamento de umas com outras por isso ser, como se alega, contra a ordem natural das coisas, a moral cristã e o conceito tradicional de família defendido pelo ministro do mar.
No meio do entusiasmo, com muito mais mulheres à volta do que as que cabem na Kapital, também ele em êxtase, o presidente do PSD terá mais ou menos afirmado: "o outro candidato prefere outros colos. Estes colos sabem bem". A expressão, com sabor a interjeição de prazer profano, foi utilizada numa reunião política, embora de mulheres em transe. Se a relermos facilmente nos aperceberemos da sua evidente carga política e do sentido objectivo do seu conteúdo, à semelhança da linguagem vulgar, terra a terra, que a nossa erudita classe política sistematicamente usa para completo esclarecimento do eleitor e para controlo da dívida pública.
Não sei como houve quem o não tivesse percebido logo e, de seguida, tivessem ruído o Carmo e a Trindade. Além disso, nos dias que velozmente se aproximam da campanha eleitoral prevista na lei, já ninguém liga ao que dizem os políticos, porque nunca os percebeu e porque, sensatamente, prefere o circo no Coliseu, pela quadra natalícia. Felizmente que um atento correligionário do Dr. Lopes veio, pressuroso, esclarecer as dúvidas que, incompreensivelmente, pudessem ter sido levantadas pela observação: os colos referidos eram políticos!
Claro que isto leva a que o eleitor céptico volte a acreditar. No país, na vitória do Benfica na superliga - o que, pessoalmente, me deixa um sabor amargo: preferia ver campeão o meu velho amigo Jesualdo! -, no controlo do défice orçamental e na execução fiscal dos clubes de futebol por incumprimento de obrigações fiscais. E muda radicalmente o sentido de todas as coisas, enquanto deixa adivinhar um futuro radioso para os militantes da Nova Democracia que já espera, pelo menos, eleger um deputado por círculo. Sendo que, em Lisboa, o Manel valerá por dois pontas de lança, a jogar em cunha, segundo a estratégia científica e experiente preconizada pelo Sr. Gabriel Alves.
Porque o presidente do PSD quando mencionava o outro candidato se referia, naturalmente, aos Drs. Marques Mendes, Guilherme Silva ou Duarte Lima. Não se acredita que quisesse referir as predilecções dos Drs. Pacheco Pereira ou Rebelo de Sousa que, como se sabe, não são candidatos e que, além disso, são regaços que não são, de momento, flor que se cheire ou colo que se procure. Esta clarificação, embora tardiamente, também a mim me leva ao êxtase. A vontade de participar é tanta que têm, previdentemente, que me segurar. Porque apelo à intervenção política da Alexandra Lencastre, da Kate Moss, da Mariah Carey, da Catarina Furtado a quem, por e-mail, sugiro que o PSD envie propostas formais de militância. E podem enviar-me também uma a mim. Porque com colos políticos daqueles vou correr a inscrever-me. Para os poder desfrutar, de forma empenhadamente ideológica!
No meio do entusiasmo, com muito mais mulheres à volta do que as que cabem na Kapital, também ele em êxtase, o presidente do PSD terá mais ou menos afirmado: "o outro candidato prefere outros colos. Estes colos sabem bem". A expressão, com sabor a interjeição de prazer profano, foi utilizada numa reunião política, embora de mulheres em transe. Se a relermos facilmente nos aperceberemos da sua evidente carga política e do sentido objectivo do seu conteúdo, à semelhança da linguagem vulgar, terra a terra, que a nossa erudita classe política sistematicamente usa para completo esclarecimento do eleitor e para controlo da dívida pública.
Não sei como houve quem o não tivesse percebido logo e, de seguida, tivessem ruído o Carmo e a Trindade. Além disso, nos dias que velozmente se aproximam da campanha eleitoral prevista na lei, já ninguém liga ao que dizem os políticos, porque nunca os percebeu e porque, sensatamente, prefere o circo no Coliseu, pela quadra natalícia. Felizmente que um atento correligionário do Dr. Lopes veio, pressuroso, esclarecer as dúvidas que, incompreensivelmente, pudessem ter sido levantadas pela observação: os colos referidos eram políticos!
Claro que isto leva a que o eleitor céptico volte a acreditar. No país, na vitória do Benfica na superliga - o que, pessoalmente, me deixa um sabor amargo: preferia ver campeão o meu velho amigo Jesualdo! -, no controlo do défice orçamental e na execução fiscal dos clubes de futebol por incumprimento de obrigações fiscais. E muda radicalmente o sentido de todas as coisas, enquanto deixa adivinhar um futuro radioso para os militantes da Nova Democracia que já espera, pelo menos, eleger um deputado por círculo. Sendo que, em Lisboa, o Manel valerá por dois pontas de lança, a jogar em cunha, segundo a estratégia científica e experiente preconizada pelo Sr. Gabriel Alves.
Porque o presidente do PSD quando mencionava o outro candidato se referia, naturalmente, aos Drs. Marques Mendes, Guilherme Silva ou Duarte Lima. Não se acredita que quisesse referir as predilecções dos Drs. Pacheco Pereira ou Rebelo de Sousa que, como se sabe, não são candidatos e que, além disso, são regaços que não são, de momento, flor que se cheire ou colo que se procure. Esta clarificação, embora tardiamente, também a mim me leva ao êxtase. A vontade de participar é tanta que têm, previdentemente, que me segurar. Porque apelo à intervenção política da Alexandra Lencastre, da Kate Moss, da Mariah Carey, da Catarina Furtado a quem, por e-mail, sugiro que o PSD envie propostas formais de militância. E podem enviar-me também uma a mim. Porque com colos políticos daqueles vou correr a inscrever-me. Para os poder desfrutar, de forma empenhadamente ideológica!
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