A renovação
Então é assim! Estava o Dr. Soares tranquilamente ressonando no aconchego do seu lar, a cabeça brilhante pousada na doçura do carinhoso regaço da sua Maria de Jesus. Enquanto isso o Joãozito entretinha-se a desenhar nas tábuas do soalho caricaturas do Dr. Seara e da D. Judite de Suza e a Isabelita ia penteando uma moderna Barbie toda made in China, a menos de dez euros nas lojas dos ditos cujos, sem passagem pela zona franca da Madeira.
Quando a notícia chegou sem ser sequer por intermédio do porta-voz do Conselho de Ministros, depois de uma reunião extraordinária e espontânea como sempre foram as manifestações de apoio ao Dr. Salazar e de repúdio pelas ideias comunistas e subversivas da Lei 2003. O engenheiro Sócras, depois de 120 dias de engenharia governativa, dez conselhos de ministros, trinta e cinco reuniões com assessores, mil e duzentas nomeações de lugares de confiança política, tinha tido uma ideia para o País.
E tal ideia era reformá-lo. Nem aos cinquenta, tão pouco aos sessenta, menos ainda aos sessenta e cinco anos de idade. O país não é como os professores do ensino primário que se reformam no concelho de Ourém como presidentes de câmara, governadores civis e deputados. Um país reforma-se de alto a baixo, de norte a sul ou de Melgaço a Vila Real de Santo António, renovando-se como o comité central do Partido Comunista. Pondo no expositor o peixe com o sangue na guelra como a petinga, acabado de pescar, saído da rede como se saísse do parto.
Quando o Dr. Soares, em acordando deste doce torpor em que sempre trouxe a vida, tinha planeado preparar a sua viagem de turista sénior! Vem a ideia do engenheiro a arranjar-lhe ocupação para lhe compor a magra pensão que numa legislatura há-de chegar ao salário mínimo. Mas se o País de facto precisa de sangue novo, faça-se a transfusão. Mesmo contra a vontade do Dr. Pulido Valente, ontem à tarde convertido às testemunhas de Jeová, ao liberalismo e às qualidades do Sr. José Peseiro como o treinador ideal para o sucesso do Dr. Dias da Cunha. O Dr. Almeida Santos lá terá também que descer de Lagoaça. A contribuir para a renovação do parlamento e para a requalificação do Rossio e do Largo de Santos. Ah! E da Pedreira dos Húngaros.
Quando a notícia chegou sem ser sequer por intermédio do porta-voz do Conselho de Ministros, depois de uma reunião extraordinária e espontânea como sempre foram as manifestações de apoio ao Dr. Salazar e de repúdio pelas ideias comunistas e subversivas da Lei 2003. O engenheiro Sócras, depois de 120 dias de engenharia governativa, dez conselhos de ministros, trinta e cinco reuniões com assessores, mil e duzentas nomeações de lugares de confiança política, tinha tido uma ideia para o País.
E tal ideia era reformá-lo. Nem aos cinquenta, tão pouco aos sessenta, menos ainda aos sessenta e cinco anos de idade. O país não é como os professores do ensino primário que se reformam no concelho de Ourém como presidentes de câmara, governadores civis e deputados. Um país reforma-se de alto a baixo, de norte a sul ou de Melgaço a Vila Real de Santo António, renovando-se como o comité central do Partido Comunista. Pondo no expositor o peixe com o sangue na guelra como a petinga, acabado de pescar, saído da rede como se saísse do parto.
Quando o Dr. Soares, em acordando deste doce torpor em que sempre trouxe a vida, tinha planeado preparar a sua viagem de turista sénior! Vem a ideia do engenheiro a arranjar-lhe ocupação para lhe compor a magra pensão que numa legislatura há-de chegar ao salário mínimo. Mas se o País de facto precisa de sangue novo, faça-se a transfusão. Mesmo contra a vontade do Dr. Pulido Valente, ontem à tarde convertido às testemunhas de Jeová, ao liberalismo e às qualidades do Sr. José Peseiro como o treinador ideal para o sucesso do Dr. Dias da Cunha. O Dr. Almeida Santos lá terá também que descer de Lagoaça. A contribuir para a renovação do parlamento e para a requalificação do Rossio e do Largo de Santos. Ah! E da Pedreira dos Húngaros.
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