27 de agosto de 2014

Quando a gratidão se veste de ternura


Algumas pessoas deixaram uma marca indelével na minha vida e não vou enumerá-las todas. Mas quero referir duas, que acarinharam os meus primeiros passos escolares, que me guiaram, que me transmitiram alguma coisa do pouco que sei, que me fazem sentir, felizmente, reconhecido e particularmente grato. 

A primeira foi minha professora primária na antiga terceira classe, na escola primária nº. 21, no Bairro de São João, no Huambo, Angola e já os muitos anos de vida a levaram do nosso convívio. Foi a Sra. D. Ana Costa Reis, que me levou pela primeira vez à casa do seu único filho, Jorge Costa Reis, em Portimão, empunhando um pequeno e singelo ramo de flores que me dava um ar "ternurento", na opinião da minha amiga Milú Leitão.

A segunda foi a Sra. Dra. Dorinda Agualusa, primeira professora nomeada para o Liceu Nacional de Nova Lisboa, hoje Huambo, e que me transmitiu os rudimentos que tenho, de português e francês, felizmente entre nós, onde o destino a deveria manter para sempre, na juventude dos seus 90 anos. Em cada encontro faço por levar comigo a pequena gratidão de um raminho de algumas três orquídeas, flor por que mantenho uma preferência especial. Da última vez, um raminho com dois antúrios, um branco e um vermelho, e uma orquídea.


Creio não ir ferir a modéstia da Dra. Dorinda nem do seu esposo, meu querido amigo Manuel Cunha. Mas não resisto a publicar aqui, com o meu pedido de desculpas pela ousadia, a ternura que me devolvem e que me leva a acreditar que, com pessoas assim, o nosso mundo poderia ser de facto muito melhor. Por favor, vejam a dimensão que transborda das duas imagens que acompanham estas notas. Bem hajam meus queridos amigos, não tardarei em Montedor!

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